Sarney diz que Janot incluiu Roseana na lista por "vingança"
A vingança seria devido à recusa do Senado, em 2009, à indicação do subprocurador-geral Nicolao Dino para o Conselho Nacional do Ministério Público
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2015 às 10h08.
Brasília - O ex-senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de incluir sua filha, a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB), na lista de investigados sob suspeita de corrupção na Petrobras por vingança.
Em coluna publicada neste domingo, 8, no jornal O Estado do Maranhão, controlado por sua família, Sarney diz que Janot resolveu se vingar dele porque o Senado recusou, em 2009, a indicação do subprocurador-geral Nicolao Dino para o Conselho Nacional do Ministério Público. Na época, Sarney presidia o Senado.
"Um cabeça coroada do órgão, cérebro e braço direito do dr. Janot, foi recusado para o CNMP pelo Senado. Agora, o dr. Janot, em solidariedade ao colega, coloca mal a instituição MP (Ministério Público)", escreveu.
Nicolao é irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), que derrotou o grupo de Sarney na eleição de 2014.
Sarney nega ter interferido na decisão e diz que a filha é alvo de perseguição de Janot. "Como vem fazendo desde a última eleição, quando pediu intervenção federal no Maranhão e perseguiu a governadora Roseana Sarney no episódio de Pedrinhas (em que presos foram decapitados na prisão), resolve vingar-se de mim, atribuindo-me a culpa pela recusa do amigo."
O pedido de investigação enviada por Janot ao Supremo Tribunal Federal traz trecho da delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em que ele diz ter destinado R$ 2 milhões do esquema na estatal à campanha de 2010 de Roseana ao governo do Maranhão. "Ela nunca teve nenhuma relação com o sr. Paulo Roberto", disse Sarney.
Apoio
Nota divulgada neste domingo pela Associação Nacional dos Procuradores da República afirma que Janot e integrantes do Ministério Público atuam na Lava Jato "sem se deixarem intimidar ou influenciar" por ingerência política, e manifesta "irrestrito apoio" ao procurador-geral.
A assessoria de Janot informou que ele não comentaria o caso. (Colaborou Beatriz Bulla)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Brasília - O ex-senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de incluir sua filha, a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB), na lista de investigados sob suspeita de corrupção na Petrobras por vingança.
Em coluna publicada neste domingo, 8, no jornal O Estado do Maranhão, controlado por sua família, Sarney diz que Janot resolveu se vingar dele porque o Senado recusou, em 2009, a indicação do subprocurador-geral Nicolao Dino para o Conselho Nacional do Ministério Público. Na época, Sarney presidia o Senado.
"Um cabeça coroada do órgão, cérebro e braço direito do dr. Janot, foi recusado para o CNMP pelo Senado. Agora, o dr. Janot, em solidariedade ao colega, coloca mal a instituição MP (Ministério Público)", escreveu.
Nicolao é irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), que derrotou o grupo de Sarney na eleição de 2014.
Sarney nega ter interferido na decisão e diz que a filha é alvo de perseguição de Janot. "Como vem fazendo desde a última eleição, quando pediu intervenção federal no Maranhão e perseguiu a governadora Roseana Sarney no episódio de Pedrinhas (em que presos foram decapitados na prisão), resolve vingar-se de mim, atribuindo-me a culpa pela recusa do amigo."
O pedido de investigação enviada por Janot ao Supremo Tribunal Federal traz trecho da delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em que ele diz ter destinado R$ 2 milhões do esquema na estatal à campanha de 2010 de Roseana ao governo do Maranhão. "Ela nunca teve nenhuma relação com o sr. Paulo Roberto", disse Sarney.
Apoio
Nota divulgada neste domingo pela Associação Nacional dos Procuradores da República afirma que Janot e integrantes do Ministério Público atuam na Lava Jato "sem se deixarem intimidar ou influenciar" por ingerência política, e manifesta "irrestrito apoio" ao procurador-geral.
A assessoria de Janot informou que ele não comentaria o caso. (Colaborou Beatriz Bulla)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.