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São Paulo celebra canonização de fundador José de Anchieta

Arquidiocese de São Paulo divulgou em um comunicado que sentia "profunda gratidão pela proclamação do bem-aventurado Padre", considerado o apóstolo do Brasil


	"Evangelho nas Selva", de Benedito Calixto, que mostra Anchieta: "São José de Anchieta significa muito para nós, em São Paulo, e nos sentimos honrados com a sua canonização!", disse arcebispo

	  (Reprodução/Wikimedia Commons)

"Evangelho nas Selva", de Benedito Calixto, que mostra Anchieta: "São José de Anchieta significa muito para nós, em São Paulo, e nos sentimos honrados com a sua canonização!", disse arcebispo   (Reprodução/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 17h23.

São Paulo - São Paulo celebrou nesta quinta-feira a canonização de um de seus fundadores, o jesuíta espanhol José de Anchieta (1534-1597), declarado santo por meio de um decreto assinado nesta quinta-feira pelo papa Francisco.

A arquidiocese de São Paulo divulgou em um comunicado que sentia "profunda gratidão pela proclamação do bem-aventurado Padre José de Anchieta", considerado o apóstolo do Brasil.

"Este momento foi longamente esperado por esta Igreja que está em São Paulo. Grande missionário, São José de Anchieta deu o testemunho de uma vida santa, já reconhecido assim enquanto ainda vivia; por isso, logo após o seu falecimento, em 1597, foi aclamado como "Apóstolo do Brasil"!", afirmou o arcebispo de São Paulo, Odilo Pedro Scherer.

O religioso lembrou que a igreja em São Paulo "deve seus inícios à obra evangelizadora de Anchieta e de seus companheiros na missão de São Paulo de Piratininga".

"São José de Anchieta significa muito para nós, em São Paulo, e nos sentimos honrados com a sua canonização!", disse o arcebispo.

Anchieta nasceu em 19 de março de 1534 em Tenerife, nas Ilhas Canárias, e ingressou na ordem dos jesuítas em 1550. Três anos mais tarde, após concluir a etapa do noviciado, foi enviado para as missões no Brasil, onde chegou em Salvador em 13 de julho de 1553, em plena colonização do continente.

A vinda ao Brasil significou o começo de uma missão de 44 anos, na qual, entre outras coisas, fundaria a cidade de São Paulo.

Desde sua chegada à colônia se destacou por catequizar os indígenas e defender os nativos contra a perseguição e a escravidão.

A Basílica Nacional de Aparecida dedicou na quarta-feira uma missa a Anchieta por ocasião de sua canonização, que estava prevista para ontem mas foi adiada um dia.

De acordo com a organização Pátio do Colégio, local onde Anchieta fundou, em 25 de janeiro de 1554, um colégio para evangelizar os indígenas de Piratininga, está prevista uma procissão e uma missa solene na catedral de São Paulo no próximo domingo em homenagem ao novo santo.

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