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Santa Casa de SP ameaça fechar pronto-socorro

Hospital soma dívida de R$ 120 milhões; Santa Casa já buscou ajuda nos três governo

Geraldo Alckmin admite que faltam recursos para o setor e defende que os investimentos precisam ser reequilibrados (Cris Castello Branco/Governo de SP)

Geraldo Alckmin admite que faltam recursos para o setor e defende que os investimentos precisam ser reequilibrados (Cris Castello Branco/Governo de SP)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2011 às 10h06.

São Paulo - Em meio a uma crise financeira insustentável e com uma dívida que chega a R$ 120 milhões, a Santa Casa de São Paulo ameaça fechar as portas do pronto-socorro da unidade central até o fim do mês, caso não consiga ajuda dos governos municipal, estadual e federal para reverter a situação. De acordo com Antonio Carlos Forte, superintendente do hospital, a situação financeira se agravou em 2010 e só tem piorado neste ano. O hospital atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Ontem, o governador Geraldo Alckmin anunciou um repasse extra para as Santas Casas do interior. A de São Paulo ficou de fora, pois já recebe um aporte extra de R$ 1,8 milhão ao mês. "Fechamos 2010 com uma dívida de R$ 80 milhões. Nos quatro primeiros meses deste ano, o prejuízo ficou na ordem dos R$ 40 milhões", diz. Forte diz que o volume de atendimentos no pronto-socorro aumentou 30% em um ano - hoje são atendidos cerca de 1.030 pacientes por dia.

Diante do caos, a Santa Casa buscou ajuda nos três governos. "Precisamos estancar a sangria e equacionar a dívida. Ou temos uma solução ou fechamos as portas do pronto-socorro. Atendimento eletivo eu controlo, pronto-socorro não." Anteontem, técnicos e diretores do Ministério da Saúde visitaram o local. O secretário de atenção à saúde do ministério, Helvécio Magalhães, diz que foi criada uma equipe tripartite (envolvendo os três governos) para analisar as finanças do hospital.

A Secretaria de Saúde do Estado informou que, na capital paulista, a Santa Casa é o hospital que mais recebe recursos extras. Diz que se prontificou a criar um plano de ajuda financeira ao hospital e espera que a unidade não reduza o atendimento. "Uma medida extrema como o fechamento do pronto-socorro irá prejudicar milhares de usuários." As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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