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Salvador tem quase 800 casos de trabalho infantil no carnaval

Mais da metade (54%) das crianças e jovens que estiveram em atendimento tinha entre 0 e 12 anos

Carnaval: o circuito Dodô (Barra/Ondina) foi o que registrou o maior número de ocorrências, totalizando 54% dos casos (Valter Pontes/SECOM/Agência Brasil)
AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de março de 2017 às 19h34.

Última atualização em 6 de março de 2017 às 19h54.

A exploração infantil foi a ocorrência registrada em maior número pelo Observatório de Violação dos Direitos das Crianças e Adolescentes durante o carnaval de Salvador .

A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), divulgou hoje (6) o número de casos atendidos pelo órgão, que atuou durante sete dias de festa na capital baiana.

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Mais de 1,4 mil atendimentos foram apurados pelo órgão, que identificou 778 relacionados ao trabalho infantil, o equivalente a 55% do total.

Dentro dessa ocorrência, 127 eram crianças trabalhando diretamente, enquanto 625 acompanhavam familiares, principalmente as mães.

A secretaria ainda não informou se houve crescimento ou redução do número de casos de trabalho infantil, em relação aos anos anteriores.

Entre os principais circuitos do carnaval de Salvador, o circuito Dodô (Barra/Ondina) foi o que registrou o maior número de ocorrências, totalizando 54% dos casos.

Mais da metade (54%) das crianças e jovens que estiveram em atendimento tinham entre 0 e 12 anos.

O observatório também realizou o acompanhamento do atendimento nos Centros de Convivência, que receberam crianças e adolescente que não tinham onde ficar durante o período de carnaval, quando os familiares estavam trabalhando nos circuitos da folia.

O observatório realizou visitas aos centros e às delegacias do menor infrator e avaliou a qualidade dos locais e do tratamento que crianças e adolescentes recebiam.

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