Ricardo Salles: para Ministro, convênios com ONGs "repassavam dinheiro sabe-se lá para o que" (Adriano Machado/Reuters)
Marília Almeida
Publicado em 8 de dezembro de 2019 às 16h44.
Última atualização em 8 de dezembro de 2019 às 16h48.
São Paulo - O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, reagiu neste domingo (8) a uma matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo que indica esvaziamento no comando do ministério e também ações paradas.
Salles justificou cortes no comando como uma forma de diminuir o número de apadrinhados políticos. Sobre ações paradas, respondeu que "executar, muitas vezes, não passava de simplesmente assinar convênio com ONGs para repassar dinheiro sabe-se la para o quê", em clara referência às gestões anteriores da pasta.
A matéria do jornal O Estado de S. Paulo, intitulada "Ministério do Meio Ambiente tem comando esvaziado e ações paradas", e publicada neste domingo, aponta que o orçamento federal autorizou a pasta a investir 8 milhões do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, em estudos e projetos cujo objetivo seja mitigar os efeitos de mudanças climáticas. Mas até o dia 29 o ministério, administrador do fundo, não gastou nada na área.
O Ministério do Meio Ambiente também teve autorização para gastar 4,2 milhões de reais do Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA) em programas de desenvolvimento, conservação e manejo sustentável. Mas ainda não usou nada do orçamento disponível.
O ministro concluiu o tuíte dizendo que não vai mais permitir que as práticas citadas por ele sejam colocadas "nas costas da sociedade". Veja abaixo a reação na íntegra:
Executar, muitas vezes, não passava de simplesmente assinar convênio com ONGs para repassar dinheiro sabe-se la para o quê. Ocupar cargos era atulhar a máquina pública com apadrinhado político, preencher tudo, pagar salários e colocar a conta nas costas da sociedade. Não mais. pic.twitter.com/Ab7D12u7Tp
— Ricardo Salles (@rsallesmma) December 7, 2019