Saiba por que o dia virou noite nesta segunda-feira em São Paulo
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, o tempo fechado e chuvoso vai continuar nas próximas horas
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de agosto de 2019 às 17h43.
Última atualização em 20 de agosto de 2019 às 15h11.
Três da noite? O relógio ainda marcava 15 horas nesta segunda-feira (19), em São Paulo, quando o céu escureceu, o que causou a impressão de que a tarde tivesse virado noite na cidade.
De acordo com Helena Turon Balbino, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), trata-se de uma nuvem muito baixa e profunda, por isso ela é tão escura, que se formou a partir de ventos bastante úmidos vindos de sudeste e sul.
"É mais ou menos como quando estamos em um avião, descendo e entramos no meio de uma nuvem", diz.
Nas redes sociais, especulou-se que a escuridão poderia ser resultado das queimadas da Amazônia ou da Bolívia, que chegou a provocar uma nuvem de fumaça de 30 km, mas tanto a especialista quanto o pesquisador Alberto Setzer, do Programa de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), descartaram essa hipótese.
Segundo Setzer, um pouco de fumaça sempre chega aqui, mas não a ponto de causar essa escuridão.
No Twitter, internautas de São Paulo brincaram com a mudança repentina do céu. Um dos assuntos mais comentados da rede social era a expressão "São 16h", em que os usuários publicavam fotos para tentar "provar" que o dia virou noite.
Além do céu encoberto e da escuridão atípica para o horário, a capital paulista enfrenta frio e chuva fraca. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, o tempo fechado e chuvoso vai continuar nas próximas horas.
"Por conta do tempo fechado, úmido e da entrada do ar de origem polar, a temperatura apresentou gradual declínio desde as primeiras horas da madrugada quando foi observada a máxima de 17 4°C", informou o órgão, em nota.
As estações meteorológicas automáticas do CGE registraram 16ºC em Perus, na zona norte, e 13ºC no extremo da zona sul. A umidade relativa do ar nessas regiões é, respectivamente, de 85% e 100%.
O CGE afirma que os ventos causam maior sensação de frio. Já as áreas de instabilidade que se deslocam do interior do Estado para a capital provocam chuvas de intensidade moderada.
Durante a noite, há potencial para chuvas fortes, trovoadas e rajadas de vento.