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Saboia será ouvido por comissão de sindicância no dia 12

Advogado do diplomata pede acesso aos memorandos, que são documentos trocados pela Embaixada do Brasil na Bolívia, o Itamaraty e a Presidência da República

O senador Roger Pinto: segundo a defesa de Saboia, o diplomata relatou, em detalhes, o que ocorria com o senador boliviano (©AFP / Jorge Bernal)
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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 19h51.

Brasília – O diplomata Eduardo Paes Saboia, ex-encarregado de Negócios do Brasil na Bolívia , que coordenou a retirada do senador de oposição Roger Pinto Molina de La Paz, será ouvido no próximo dia (12) às 9h pela comissão de sindicância que apura sua atuação no caso.

O advogado do diplomata, Ophir Cavalcante, insiste com o Ministério das Relações Exteriores , Itamaraty, que para Saboia prestar esclarecimentos é fundamental a obtenção de cópias dos documentos trocados entre o órgão e o Palácio do Planalto no período em que o boliviano ficou abrigado na embaixada brasileira.

“Precisamos desses documentos para ajudar na elaboração de defesa de Saboia. É um direito da defesa ter acesso a esse material”, diz Ophir Cavalcante.

O advogado pede acesso aos chamados memorandos, que são documentos trocados pela Embaixada do Brasil na Bolívia, o Itamaraty e a Presidência da República. O pedido ainda não foi atendido pela comissão. A solicitação foi feita há quatro dias. Ophir disse que o objetivo de ter acesso à documentação é mostrar que Saboia “não quebrou hierarquia”.

A defesa pediu para ter acesso não só aos memorados, mas a todos os telegramas diplomáticos trocados envolvendo o assunto – de 28 de maio de 2012, quando Pinto Molina pediu abrigo na embaixada, a 24 de agosto, quando ele chegou ao Brasil. Segundo a defesa de Saboia, o diplomata relatou, em detalhes, o que ocorria com o senador boliviano.

Pinto Molina foi retirado da Bolívia rumo ao Brasil em uma operação organizada por Saboia, desencadeando uma crise diplomática. O então chanceler Antonio Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado. Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país.

No Brasil há 13 dias, Pinto Molina ficou abrigado por 455 dias na embaixada brasileiras em La Paz. O governo de Evo Morales classifica o parlamentar como um “delinquente comum”.

O senador nega as acusações relativas a desvios de recursos públicos e corrupção. No total, são mais de 20 processos. Está hoje em Brasília uma missão boliviana de alto nível, formada por três ministros e integrantes do Ministério Público, que pretende apresentar documentos ao Ministério da Justiça sobre os processos judiciais envolvendo Molina.

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O advogado do diplomata, Ophir Cavalcante, insiste com o Ministério das Relações Exteriores , Itamaraty, que para Saboia prestar esclarecimentos é fundamental a obtenção de cópias dos documentos trocados entre o órgão e o Palácio do Planalto no período em que o boliviano ficou abrigado na embaixada brasileira.

“Precisamos desses documentos para ajudar na elaboração de defesa de Saboia. É um direito da defesa ter acesso a esse material”, diz Ophir Cavalcante.

O advogado pede acesso aos chamados memorandos, que são documentos trocados pela Embaixada do Brasil na Bolívia, o Itamaraty e a Presidência da República. O pedido ainda não foi atendido pela comissão. A solicitação foi feita há quatro dias. Ophir disse que o objetivo de ter acesso à documentação é mostrar que Saboia “não quebrou hierarquia”.

A defesa pediu para ter acesso não só aos memorados, mas a todos os telegramas diplomáticos trocados envolvendo o assunto – de 28 de maio de 2012, quando Pinto Molina pediu abrigo na embaixada, a 24 de agosto, quando ele chegou ao Brasil. Segundo a defesa de Saboia, o diplomata relatou, em detalhes, o que ocorria com o senador boliviano.

Pinto Molina foi retirado da Bolívia rumo ao Brasil em uma operação organizada por Saboia, desencadeando uma crise diplomática. O então chanceler Antonio Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado. Em junho de 2012, o Brasil concedeu asilo diplomático ao senador, mas o governo boliviano não deu o salvo-conduto para ele deixar o país.

No Brasil há 13 dias, Pinto Molina ficou abrigado por 455 dias na embaixada brasileiras em La Paz. O governo de Evo Morales classifica o parlamentar como um “delinquente comum”.

O senador nega as acusações relativas a desvios de recursos públicos e corrupção. No total, são mais de 20 processos. Está hoje em Brasília uma missão boliviana de alto nível, formada por três ministros e integrantes do Ministério Público, que pretende apresentar documentos ao Ministério da Justiça sobre os processos judiciais envolvendo Molina.

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