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Rombo de 139 bi; A saída de Cunha…

A meta para 2017 O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou uma meta fiscal para  2017 prevendo um déficit de 139 bilhões de reais. O valor, como previsto por analistas, está abaixo do rombo de 170,5 bilhões anunciados para 2016. Em reunião na noite de quarta-feira, técnicos anteciparam que, sem medidas adicionais, o buraco poderia crescer para […]

CUNHA: em nota, ex-deputado disse que prisão é absurda / Ueslei Marcelino/ Reuters

CUNHA: em nota, ex-deputado disse que prisão é absurda / Ueslei Marcelino/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2016 às 06h57.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h56.

A meta para 2017

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou uma meta fiscal para  2017 prevendo um déficit de 139 bilhões de reais. O valor, como previsto por analistas, está abaixo do rombo de 170,5 bilhões anunciados para 2016. Em reunião na noite de quarta-feira, técnicos anteciparam que, sem medidas adicionais, o buraco poderia crescer para 194 bilhões em 2017. A meta, portanto, prevê receitas adicionais e cortes de gastos que chegarão a 55 bilhões de reais no ano que vem. Entra elas, Meirelles destacou outorgas e concessões em petróleo e aeroportos.

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Cunha sai

Afastado desde maio pelo Supremo Tribunal Federal, o deputado Eduardo Cunha renunciou à presidência da Câmara no início da tarde desta quinta-feira. Emocionado, Cunha leu sua carta de dispensa depois de receber uma autorização especial para entrar no Congresso. Ele disse que “é notório que a casa está acéfala”, em referência à falta de estabilidade na Câmara e aos projetos parados durante a gestão de Waldir Maranhão. Afirmou que a Procuradoria-Geral da República age com seletividade, abrindo inquéritos para desgastá-lo. “Estou pagando um preço alto por ter dado início ao impeachment”, disse. Afirmou ainda que vai continuar defendendo sua inocência. No Congresso, a renúncia é vista como a última tentativa de salvar seu mandato de deputado entre seus pares.

Quem entra?

Após a saída do deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara, o plenário tem até cinco sessões para eleger um novo presidente. O atual presidente, Waldir Maranhão, marcou a eleição para o dia 14, quinta-feira que vem. Até agora, 12 nomes são cotados para a cadeira, todos da base aliada do governo do presidente interino Michel Temer. Entre os mais cotados estão os deputados Rogério Rosso (PSD-DF), Fernando Giacobo (PR-PR) e Rodrigo Maia (DEM-RJ). Rodrigo Maia acredita que pode conquistar votos até no PT e no PCdoB. O governo já afirmou que não vai interferir na sucessão.

Cardozo usa discurso

Advogado da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment e ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo disse que o discurso de renúncia do deputado Eduardo Cunha corrobora a tese de defesa da presidente afastada. Segundo Cardozo, a abertura do processo de impeachment ocorreu por uma “vingança política” de Cunha, que deu entrada na ordem quando o PT sinalizou que não o apoiaria no Conselho de Ética da Câmara quanto à cassação de seu mandato. Cardozo afirmou que vai anexar aos autos do processo as declarações de Cunha, tentando fortalecer a defesa de Dilma.

Oposição reclama

As bancada do PT, do PSOL e da Rede chamaram a renúncia de Eduardo Cunha de “acordão” para salvar o mandato do deputado. “A renúncia de Cunha tem cheiro de pizza e o cozinheiro responsável é Michel Temer”, disse o senador Lindbergh Faria (PT-RJ). O líder da Rede na Câmara, Alessandro Molon, disse que a intenção de Cunha é trazer o debate de um novo presidente para que a cassação fique em segundo plano. Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou que os deputados não podem deixar o modo Cunha de fazer política prevalecer e que ele “tem de sair da vida pública”.

Pré-sal na Câmara

Em meio a dia agitado na Câmara, o projeto de lei que prevê o fim da participação obrigatória da Petrobras em projetos de prospecção de petróleo no pré-sal foi aprovado pela comissão especial, criada para análise do texto. O relator do processo, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), teve seu parecer aprovado por 22 votos a favor e 5 contrários. A proposta de lei já foi aprovado no Senado, de onde veio por iniciativa do, então Senador, José Serra. Agora segue para votação no plenário da Câmara.

Porto em Cuba

Juiz da 16a Vara Federal do Distrito Federal, Marcelo Rebello Pinheiro divulgou sentença favorável à exibição de documentos sobre aportes do BNDES ao Porto de Mariel, em Cuba, no valor de 682 milhões de dólares. A decisão derruba a ordem do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que havia classificado os documentos como secretos durante a gestão de Dilma Rousseff, sob a alegação de conterem informações sigilosas. Segundo Pinheiro, a suspeita de irregularidades nos contratos de empréstimos “sobrepõe-se ao dever de manter o sigilo”.

Caça-fantasmas

Deflagrada na manhã desta quinta-feira, a 32a fase da Operação Lava-Jato, chamada de Caça-Fantasmas, investiga a atuação do banco panamenho FPB Bank, acusado de lavar dinheiro desviado da Petrobras. Sem autorização para trabalhar no Brasil, o banco tinha até site em português e abria contas no exterior para brasileiros. O principal alvo da operação é Edson Paulo Fanton, que seria responsável pela atuação do banco no país, entre outros representantes que trabalham em escritórios clandestinos. A Polícia Federal não tem uma estimativa de quanto o FPB movimentou no Brasil nem o número de clientes do banco.

Petrobras de volta ao mercado

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira uma nova captação para alongar o prazo de vencimento de dívidas. O objetivo é levantar pelo menos 2 bilhões de dólares. A operação seguirá o modelo da realizada em maio, na qual a companhia lançou 6,75 bilhões de dólares em títulos com vencimentos entre 2021 e 2026. A demanda pelos títulos em maio superou as expectativas da estatal e o dinheiro foi utilizado para recomprar títulos com vencimento entre 2017 e 2019. A nova captação tem o mesmo objetivo.

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Brasil: o pior no desemprego

O Brasil terá o pior resultado de emprego em 2016 entre 43 países, segundo um relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. A instituição prevê que o saldo entre contratações e demissões neste ano ficará negativo em 1,6%, após a estagnação em 2015. Só outros quatro países na lista também terão saldo negativo: Finlândia (-0,1%), Portugal (-0,3%), Estônia (-0,4%) e Costa Rica (-0,9%). Segundo o relatório, o saldo de emprego do país deve voltar ao campo positivo em 2017, com alta de 0,7%.

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A sucessora de Cameron

Após uma segunda rodada de votações para decidir sobre a sucessão de David Cameron na liderança do Partido Conservador — e no cargo de primeiro-ministro —, duas candidatas saíram vitoriosas nesta quinta-feira: a ministra do Interior, Theresa May (que obteve 199 votos), e a ministra de Energia, Andrea Leadsom (com 84 votos). May é a favorita, ainda que tenha sido contra a saída do Reino Unido da União Europeia. O resultado será divulgado no dia 9 de setembro, e a vencedora se tornará a segunda mulher a ocupar o cargo de premiê britânica — a primeira foi Margaret Thatcher (1979-1990), que governou o Reino Unido de 1979 a 1990.

Coreia do Norte vs. EUA

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte divulgou nesta quinta-feira um comunicado afirmando que as sanções anunciadas pelos Estados Unidos são uma “declaração de guerra”. A nota chama as barreiras comerciais de “crimes” e afirma que o governo em Pyongyang tomará “as contra-medidas mais rigorosas possíveis”. Na quarta-feira 6, pela primeira vez na história, os americanos impuseram barreiras voltadas diretamente para a Coreia do Norte — como o congelamento de bens de norte-coreanos nos Estados Unidos e a proibição de que cidadãos estadunidenses negociem com o país do ditador Kim Jong-un.

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