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RJ já preveniu governo que pode precisar ajudar na segurança

Pezão teria apresentado o pedido informal por tropas federais aos ministros da Defesa, Raul Jungmann, e, da Justiça, Alexandre de Moraes

Pezão: "É um pedido para que eles fiquem de prontidão para alguma eventualidade que possa acontecer. E, na verdade, esse pedido já está feito há 21 dias" (Agência Brasil/Agência Brasil)

Pezão: "É um pedido para que eles fiquem de prontidão para alguma eventualidade que possa acontecer. E, na verdade, esse pedido já está feito há 21 dias" (Agência Brasil/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 19h01.

Rio de Janeiro - Em meio a um clima de tensão no estado, protestos e novos rumores de greve de policiais militares, o governador do estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), pediu há alguns dias ao governo federal para que tropas federais fiquem de prontidão para uma eventual ajuda às forças policiais do Rio de Janeiro.

"É um pedido para que eles fiquem de prontidão para alguma eventualidade que possa acontecer. E, na verdade, esse pedido já está feito há 21 dias", disse Pezão à Reuters.

Pezão teria apresentado o pedido informal aos ministros da Defesa, Raul Jungmann, e, da Justiça, Alexandre de Moraes, em uma das várias idas à Brasília para negociar com o governo federal o pacote de ajuste fiscal do Estado.

A solicitação prevê que Força Nacional e Forças Armadas possam atuar em caso de a situação da segurança se agravar no Estado.

Na semana passada, um policial civil chegou a ser preso depois de atirar contra a segurança da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro durante um protesto que aconteceu na volta do recesso legislativo.

"Acho esse pedido do governador razoável e temos visto ocorrer nos Estados na hora da necessidade e o Rio já socorreu às forças federais diversas vezes", disse a jornalistas o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB).

Durante o período Olímpico e Paralímpico na cidade, Força Nacional e Forças Armadas atuaram no Rio de Janeiro juntamente com as forças de segurança locais.

Nesta quinta-feira, houve novos protestos e confrontos entre policiais e manifestantes nas cercanias da Assembléia.

"Os protestos não terão influência nas votações da Alerj, mas esse clima que está hoje tensiona toda a sociedade carioca e fluminense. Por isso , é preciso botar salários em dia, dar paz e reestabelecer nível de investimento, além de gerar emprego", disse Picciani. "Sem segurança não há paz nem crescimento econômico."

Para aumentar ainda mais o ambiente tenso no Rio de Janeiro, durante toda a semana houve rumores nas redes sociais de que os policiais militares do Estado poderiam fazer uma greve nos moldes do movimento do Espírito Santo onde os PMs foram impedidos por seus familiares de deixar os quartéis, o que vem gerando uma onda de crimes, saques e violência.

Alguns policiais que participaram do ato desta quinta na Alerj confirmaram a possibilidade de protesto a partir de sexta-feira. Já segundo o Palácio Guanabara, o comando da PM não confirma a possibilidade de greve na sexta.

O governador Pezão reuniu na quarta-feira a cúpula da Segurança Pública do Estado e anunciou medidas favoráveis para acalmar a tropa como a definição do calendário de pagamento dos agentes de segurança bem como o pagamento da terceira parcela, de um total de cinco, do aumento das forças de segurança, mesmo diante da grave crise financeira estadual.

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