Rio Piracicaba: a profundidade no local estava abaixo dos 80 centímetros (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2014 às 17h06.
São Paulo - A seca fez o Rio Piracicaba atingir sua menor vazão em 30 anos para setembro, com redução de 82%.
Neste mês a média é de 62,88 mil litros por segundo, contra 9,45 mil litros - quantidade apontada na manhã desta terça-feira, 16, durante a medição realizada pelo Departamento de Água e Esgoto (DAEE) de Piracicaba (SP).
O rio foi avaliado no trecho em que cruza a área urbana da cidade, próximo ao centro.
A profundidade no local estava abaixo dos 80 centímetros, quase metade do esperado para esta época, quando o rio costuma ter pelo menos um metro e meio de profundidade.
Com a seca, o cenário de água deu lugar a muitas pedras e vegetação.
A escassez de água tem causado a morte de peixes, como em fevereiro, quando 20 toneladas apareceram boiando.
Depois disso, outros casos foram registrados, mas em menor quantidade, o mais recente no mês passado.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Cetesb) tem indicado como causa das mortes a falta de oxigênio na água do rio, cada vez mais raso.
Para mudar esse cenário, especialistas dizem ser preciso algumas medidas, como o combate à sujeira da água, somado à volta da chuva.
O rio hoje está com nível de poluição mais de cinco vezes acima do aceitável, por outro lado, a meteorologia prevê que talvez volte a chover na região ainda nesta semana, entretanto, o índice pluviométrico não deve ser muito alto.
Limpeza
Nesta semana um grupo de voluntários percorreu as margens do Rio Piracicaba recolhendo a sujeira.
Isso se fez necessário porque com o baixo nível muito lixo começou a aparecer chamando a atenção de moradores e representando risco para a proliferação de doenças.