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Rio Madeira atinge nova cota recorde em Humaitá

Mais de 50% da área urbana continua inundada, mas o número de desabrigados caiu para 18,7 mil pessoas, segundo a prefeitura

Rio Madeira: rio subiu um centímetro em relação ao dia anterior (Divulgação/Prefeitura de Porto Velho/Medeiros)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 15h57.

Sorocaba - O Rio Madeira atingiu a cota de 25,56 metros nesta quinta-feira, 3, no município de Humaitá, no sul do Amazonas, registrando um novo recorde nas enchentes que atingem a região.

O rio subiu um centímetro em relação ao dia anterior. O recorde histórico até então havia ocorrido na cheia de 1997, quando o rio atingiu a cota de 23,44 no município.

Não há registro anterior de nível tão alto no rio que banha a cidade. Mais de 50% da área urbana continua inundada, mas o número de desabrigados caiu para 18,7 mil pessoas, segundo a prefeitura.

Muitos moradores estão preferindo deixar os abrigos e voltar para as casas alagadas. A cidade está em estado de calamidade pública e recebe ajuda dos governos estadual e federal.

A preocupação volta-se para a área rural, onde há populações ilhadas. O socorro que chega de barco não dá conta do grande número de flagelados. Balsas de extração de minério foram transformadas em postos de saúde improvisados.

Milhares de hectares de floresta correm o risco de apodrecer já que as árvores estão com água até a copa. As espécies de terra firme não sobrevivem por muito tempo em terreno alagado. Pescadores e barqueiros relatam casos de grandes animais mortos na enchente - além de bois e cavalos, foram vistos macacos e onças boiando.

Em Porto Velho, capital da Rondônia, o Rio Madeira registrou nível de 19,56 metros nesta quinta, quatro centímetros mais baixo que no dia anterior, mas ainda se mantinha 2,9 metros acima da cota de alerta, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA). O nível também está acima da marca histórica de 17,52 registrada em 1997.

A expectativa de que o rio continue baixando nos próximos dias depende das chuvas que ainda caem sobre a calha. Em 14 horas, nesta quinta-feira, havia chovido 30 milímetros em áreas de afluentes do Madeira, como o Rio Mamoré. A previsão é de que as chuvas continuem até o final deste mês.

De acordo com a Defesa Civil, 67 mil pessoas foram afetadas pela cheia em seis municípios de Rondônia. Somente na capital, 20 mil estão desabrigadas. Muitas famílias estão em escolas e se negam a ir para os acampamentos montados pela prefeitura, impedindo a retomada das aulas.

A cheia nos rios amazônicos mantém interditadas as principais ligações rodoviárias entre os Estados de Rondônia, Amazonas e Acre. O tráfego na BR-364, principal ligação entre Porto Velho e Rio Branco, capital acreana, continua interrompido.

A rodovia está coberta pelas águas do Rio Madeira que, no trecho alagado, registrava nesta quinta-feira nível de 19,61 metros. Carretas e caminhões estão sendo transportados de balsa em direção à capital.

Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) são empregados para transportar remédios e alimentos perecíveis. O governo do Acre recorreu ao combustível comprado no Peru para evitar o desabastecimento. Nesta quinta-feira, 14 carretas entraram em território brasileiro pela Estrada do Pacífico.

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Sorocaba - O Rio Madeira atingiu a cota de 25,56 metros nesta quinta-feira, 3, no município de Humaitá, no sul do Amazonas, registrando um novo recorde nas enchentes que atingem a região.

O rio subiu um centímetro em relação ao dia anterior. O recorde histórico até então havia ocorrido na cheia de 1997, quando o rio atingiu a cota de 23,44 no município.

Não há registro anterior de nível tão alto no rio que banha a cidade. Mais de 50% da área urbana continua inundada, mas o número de desabrigados caiu para 18,7 mil pessoas, segundo a prefeitura.

Muitos moradores estão preferindo deixar os abrigos e voltar para as casas alagadas. A cidade está em estado de calamidade pública e recebe ajuda dos governos estadual e federal.

A preocupação volta-se para a área rural, onde há populações ilhadas. O socorro que chega de barco não dá conta do grande número de flagelados. Balsas de extração de minério foram transformadas em postos de saúde improvisados.

Milhares de hectares de floresta correm o risco de apodrecer já que as árvores estão com água até a copa. As espécies de terra firme não sobrevivem por muito tempo em terreno alagado. Pescadores e barqueiros relatam casos de grandes animais mortos na enchente - além de bois e cavalos, foram vistos macacos e onças boiando.

Em Porto Velho, capital da Rondônia, o Rio Madeira registrou nível de 19,56 metros nesta quinta, quatro centímetros mais baixo que no dia anterior, mas ainda se mantinha 2,9 metros acima da cota de alerta, segundo dados da Agência Nacional de Águas (ANA). O nível também está acima da marca histórica de 17,52 registrada em 1997.

A expectativa de que o rio continue baixando nos próximos dias depende das chuvas que ainda caem sobre a calha. Em 14 horas, nesta quinta-feira, havia chovido 30 milímetros em áreas de afluentes do Madeira, como o Rio Mamoré. A previsão é de que as chuvas continuem até o final deste mês.

De acordo com a Defesa Civil, 67 mil pessoas foram afetadas pela cheia em seis municípios de Rondônia. Somente na capital, 20 mil estão desabrigadas. Muitas famílias estão em escolas e se negam a ir para os acampamentos montados pela prefeitura, impedindo a retomada das aulas.

A cheia nos rios amazônicos mantém interditadas as principais ligações rodoviárias entre os Estados de Rondônia, Amazonas e Acre. O tráfego na BR-364, principal ligação entre Porto Velho e Rio Branco, capital acreana, continua interrompido.

A rodovia está coberta pelas águas do Rio Madeira que, no trecho alagado, registrava nesta quinta-feira nível de 19,61 metros. Carretas e caminhões estão sendo transportados de balsa em direção à capital.

Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) são empregados para transportar remédios e alimentos perecíveis. O governo do Acre recorreu ao combustível comprado no Peru para evitar o desabastecimento. Nesta quinta-feira, 14 carretas entraram em território brasileiro pela Estrada do Pacífico.

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