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No RJ, 25º paciente com coronavírus está em estado grave

Com aumento dos pacientes com o vírus, secretário de Saúde apela para moradores ficarem em casa

Coronavírus no Rio de Janeiro: estado já está com transmissão sustentada do vírus (Pilar Olivares/Reuters)

Coronavírus no Rio de Janeiro: estado já está com transmissão sustentada do vírus (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de março de 2020 às 10h17.

Última atualização em 16 de março de 2020 às 10h42.

Rio de Janeiro — A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro confirmou na manhã desta segunda-feira (16) o 25º caso do novo coronavírus (Covid-19) no Estado.

O paciente é um médico de 65 anos, que está internado em estado gravíssimo em hospital da rede privada da capital. O médico apresentou sintomas de febre, tosse, dificuldades respiratórias no dia 11 de março.

Não teve histórico de viagem nos 14 dias anteriores ao início dos sintomas e também não teve contato direto com casos confirmados nem suspeitos.

No estado, o Ministério da Saúde já confirmou transmissão sustentada do vírus, quando já não se sabe mais a origem da infecção em novos pacientes. Não há detalhes se é o caso do paciente em estado grave.

Apelo

Por conta do aumento de casos, o secretário estadual de Saúde do Rio, Edmar Santos, fez um apelo na manhã desta segunda-feira, 16, para que a população evite ao máximo sair de casa.

O fim de semana de praias lotadas e bares cheios preocupou as autoridades, que consideraram o comportamento incompatível com a atual epidemia do novo coronavírus.

Já faltam leitos de UTI no sistema público de saúde. A previsão é de que o Estado registre 24 mil novos casos dentro de um mês.

"As pessoas só devem sair de casa agora se tiverem que ir trabalhar, se não conseguirem trabalhar de casa, em home office, se forem comprar comida ou remédio, ou se tiverem que ir a um médico", afirmou o secretário, em entrevista ao Bom dia Rio, da TV Globo.

"Se não tiver nenhuma dessas situações, tem que ficar em casa", enfatizou.

Ao fim de um domingo de sol com praias lotadas, o governador Wilson Witzel que chegara a ameaçar a interdição da orla, adotou um tom mais brando.

"Em hipótese alguma, quero pegar uma pessoa, arrastar pelo braço e levar para casa. Não acho que será necessário isso", afirmou o governador na noite de domingo, também em entrevista à TV Globo.

"O momento não é de proibir. Eu quero conscientizar o povo fluminense de que ele pode ser o portador de uma doença que vai matar o seu avô, que vai matar o seu pai. Vai haver um momento de voltar para a praia, mas esse momento agora de aglomeração de pessoas vai ser fatal para aquelas que a gente mais ama."

Tanto o secretário quanto o governador falaram sobre a falta de leito nas UTIs. A previsão do governo é que, dentro de 30 dias, haverá mais 300 leitos à disposição da população. Outros 300 estarão disponíveis em 60 dias.

Parte das vagas virá de hospitais que hoje estão desativados. Santos afirmou ainda que há negociações com o setor privado para a disponibilização de outros leitos.

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