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Repasses do PSL para candidata laranja serão investigados, diz Moro

Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, essa foi uma determinação do presidente, Jair Bolsonaro

Moro: "o senhor presidente proferiu determinação e ela está sendo cumprida", disse o ministro (Ueslei Marcelino/Reuters)

Moro: "o senhor presidente proferiu determinação e ela está sendo cumprida", disse o ministro (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de fevereiro de 2019 às 11h55.

Última atualização em 14 de fevereiro de 2019 às 11h56.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta quinta-feira (14), que serão investigadas suspeitas de repasses de recursos do Partido Social Liberal (PSL) para candidaturas de fachada. Segundo ele, essa foi uma determinação do presidente, Jair Bolsonaro.

"O senhor presidente proferiu determinação e ela está sendo cumprida. Os fatos vão ser apurados e eventuais responsabilidades após investigações vão ser definidas", disse Moro, sem especificar que casos exatamente serão foco das apurações.

Na quarta-feira, em entrevista à TV Record, Bolsonaro informou que determinou à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar suspeitas de desvios de recursos do Fundo Partidário destinados ao PSL por meio de candidaturas laranjas nas eleições de 2018.

Reportagens do jornal Folha de S.Paulo levantaram suspeitas de que o PSL tenha abastecido com verba pública candidaturas laranjas em Pernambuco e em Minas Gerais nas eleições 2018.

Repasses teriam sido autorizados pelo então presidente da sigla, Gustavo Bebianno, hoje ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

"Se (o Bebianno) estiver envolvido e, logicamente, responsabilizado, lamentavelmente o destino não pode ser outro a não ser voltar às suas origens", disse Bolsonaro, acrescentando que Moro tem "carta branca".

O caso virou um foco de crise com um mês e meio de governo. O filho do presidente, Carlos Bolsonaro, atacou Bebianno nas redes sociais negando que o ministro tenha conversado com Bolsonaro sobre o tema. Bebianno disse nesta quarta que não iria pedir demissão.

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