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Renan deixará liderança do PMDB com discurso crítico a Temer

A avaliação do peemedebista é de que ele é mais útil na oposição do que como aliado do governo

Renan Calheiros: o peemedebista tem feito diversas críticas ao governo (Marcelo Camargo/Agência Brasil/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de junho de 2017 às 15h50.

Brasília - O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) vai deixar a liderança do partido no Senado. O anúncio deve ser formalizado ainda na tarde desta quarta-feira, 28, em discurso no plenário da Casa.

O peemedebista, que tem feito críticas às reformas proposta pelo governo, deve voltar a atacar o Palácio do Planalto.

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A avaliação de Renan é de que ele é mais útil na oposição do que como aliado.

O peemedebista também avalia que, ao ter a imagem atrelada ao governo, pode enfrentar dificuldades para se reeleger ao Senado em 2018, uma vez que o presidente tem taxas extremamente altas de reprovação em Alagoas.

Uma reunião da bancada peemedebista está marcada para o fim da tarde de hoje. O nome preferido de Renan para substituí-lo é o de Jader Barbalho (PMDB-PA), considerado um aliado, mas que não se posiciona contra Temer por ser pai do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.

A saída do comando da bancada se dá após o peemedebista discutir asperamente com o líder do governo na Casa, senador Romero Jucá (RR), na sessão plenária de terça-feira, 27.

Na ocasião, Renan insinuou que poderia trocar integrantes do partido na Comissão de Constituição e Justiça (CC) para barrar a reforma trabalhista.

"Temer não tem confiança da sociedade para fazer essa reforma trabalhista na calada da noite, atropeladamente. Num momento em que o Ministério Público, certo ou errado, apresenta uma denúncia contra o presidente, não há como fazer uma reforma que pune a população", afirmou ontem o peemedebista.

Após o discurso agressivo de Renan contra o governo, Jucá reagiu em defesa do presidente e ameaçou retirar o colega da liderança do partido.

Ontem mesmo o líder do governo começou a recolher assinaturas para destituir Renan do cargo. Segundo Jucá, 17 dos 22 senadores apoiam a reforma trabalhista.

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