Relator inicia leitura de parecer sobre denúncia contra Temer
A expectativa é de que o relator da denúncia contra o presidente Michel Temer se manifeste pela admissibilidade do processo
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de julho de 2017 às 16h47.
Última atualização em 10 de julho de 2017 às 16h59.
Brasília - O deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) começou na tarde desta segunda-feira, 10, a leitura do seu parecer sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara .
A expectativa é de que ele se manifeste pela admissibilidade do processo.
Pouco antes do início da leitura do documento, o deputado Delegado Waldir (GO) pediu a palavra para dizer que o Palácio do Planalto interferiu na troca de integrantes do colegiado para tentar beneficiar Temer.
Waldir, que votaria a favor da denúncia, foi substituído por Bilac Pinto (MG) no início da tarde.
"Isso é uma interferência de um poder no outro. Eu faço parte da comissão há dois anos e meio e fui tirado hoje de forma humilhante. Isso não é justo", disse Waldir.
O presidente do colegiado, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), afirmou que não é responsável pelas trocas, mas que lamenta a condição do deputado.
Parecer
Ao chegar à CCJ, nesta segunda-feira, Zveiter disse à imprensa que o relatório " é político, mas com foco muito forte na parte técnica ".
O deputado se debruçou sobre a denúncia e a defesa de Temer durante cinco dias e concluiu o relatório e voto neste domingo, 9.
Após a apresentação do parecer do relator, que não tem prazo para terminar, o advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, fará a sustentação oral da defesa.
Ele pretende convencer os parlamentares de que o presidente é inocente e que há "ilicitude da prova".
Para que o parecer de Zveiter seja aprovado na comissão, são necessários 34 votos. Independentemente do resultado, a denúncia será votada no plenário da Casa, onde precisará de 342 votos para ser enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Considerando que Zveiter deve apresentar voto favorável à admissibilidade da denúncia, governistas já articulam que o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) deve apresentar um voto alternativo contra a denúncia, que também precisaria de maioria simples para ser aprovado.
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