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Raquel Dodge não comenta se abrirá investigação contra Eduardo Bolsonaro

"Não anuncio o que vou fazer. Apenas comunicamos o que fizemos", disse a procuradora-geral da República

Raquel Dodge evitou comentar se vai tomar alguma atitude sobre a recente fala do deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Raquel Dodge evitou comentar se vai tomar alguma atitude sobre a recente fala do deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 11h38.

Última atualização em 23 de outubro de 2018 às 11h41.

São Paulo - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, evitou comentar se vai tomar alguma atitude sobre a recente fala do deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL) sobre como "fechar o STF". A afirmação do filho do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, gerou muita polêmica desde domingo, 21, e deixou a PGR sobre forte pressão, inclusive do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que pediu ação da PGR. "Como conhecem meu comportamento desde que tomei posse, não anuncio o que vou fazer. Apenas comunicamos o que fizemos", disse Raquel, ao ser indagada sobre a fala de Moraes, após evento em São Paulo, nesta terça-feira, 23

Vídeo gravado em julho, mas que veio à tona somente agora, mostra Eduardo Bolsonaro, filho do presidenciável do PSL, respondendo a pergunta sobre uma hipotética ação do Exército no caso de o STF tentar impedir seu pai de assumir a Presidência. Segundo o deputado mais votado em São Paulo nas eleições para a Câmara dos Deputados neste pleito, bastariam "um soldado e um cabo" para fechar o Supremo.

Nesta segunda-feira, 22, o ministro Alexandre de Moraes, disse que as declarações do deputado são "absolutamente irresponsáveis". Moraes defendeu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) abra uma investigação contra o parlamentar por crime tipificado na lei de segurança nacional.

Questionada sobre a fala de Eduardo Bolsonaro, Raquel Dodge disse que "é importante que todos nós tenhamos um atitude comprometida com respeito às garantias individuais". Segundo a procuradora-geral, "não só palavras importam, atitudes também importam".

Raquel Dodge conclamou a todos para que "permanecerem nesse espírito de temperança e de união em torno de eleições justas no Brasil".

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