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Quem vota sim sem levar nada é visto como otário, diz Bolsonaro

Em entrevista, o deputado Jair Bolsonaro revelou que este é o "papo dentro do Parlamento" sobre a reforma da Previdência

Bolsonaro: ao exemplificar a relação de "toma lá da cá", Bolsonaro citou o governo FHC (Leonardo Benassatto/Reuters)

Bolsonaro: ao exemplificar a relação de "toma lá da cá", Bolsonaro citou o governo FHC (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 15h58.

São Paulo - Em entrevista nesta segunda-feira, 5, ao programa Pânico, da Radio Jovem Pan, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse que o "papo dentro do Parlamento" sobre a reforma da Previdência é que "quem votar sim e não levou (sic) nada é otário". "Tem cara honesto que quer votar até favorável (à reforma), é direito dele, mas que diz que vai votar contra porque não quer a pecha de corrupto."

Ao exemplificar a relação de "toma lá da cá", Bolsonaro citou o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB): "É igual o que aconteceu no governo Fernando Henrique Cardoso quando foi votada a PEC da reeleição. Eu pensei em votar favorável, mas quando pintou 200 mil, pagos pelo governo FHC, eu tirei o time fora, votei contra", afirmou o deputado.

A assessoria do Planalto foi procurada, mas não quis comentar as declarações de Bolsonaro.

Por meio de nota, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que nem o seu governo, nem o PSDB se envolveram em casos de compra de votos. Ele disse também que "houve processos na Câmara para comprovar as acusações e o governo deu total apoio às apurações".

Mais diretamente sobre a entrevista do deputado, FHC disse: "Espanta-me que o deputado, havendo sabido até de valores não tenha denunciado o fato na época e só agora, vinte anos depois, venha com esta conversa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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