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Públicas do RJ terão quase 10 mil vagas para cotas

As maiores ofertas estão nos cursos oferecidos pela UFRJ, que destinará 2770 delas a estudantes egressos de escolas públicas

Campus da UFRJ, na Praia Vermelha, RJ (Wikimedia Commons)

Campus da UFRJ, na Praia Vermelha, RJ (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 18h35.

Rio de Janeiro - As universidades públicas no Estado do Rio de Janeiro terão quase 10 mil vagas reservadas para ações afirmativas no ano que vem. Os editais com as novas regras nos processos seletivos já começam a ser publicados. As maiores ofertas estão nos cursos oferecidos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que destinará 2770 delas a estudantes egressos de escolas públicas, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que vai reservar 2462 de suas vagas, e pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com 2169 vagas reservadas.

Todas as federais já estarão adequadas à nova Lei de Cotas, mas algumas ainda discutem o percentual de vagas a serem reservadas no processo seletivo - o mínimo determinado em lei para 2013 é de 12,5%. Este é o caso do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-RJ), que no ano passado ofereceu cerca de 1,2 mil vagas, sem cotas, em cursos de graduação na área de exatas, e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que aguarda definição do Conselho de Ensino e Pesquisa da universidade quanto ao percentual a ser aplicado no próximo ano em relação às quase 3,5 mil vagas disponíveis.

Outras, como a UFF e a UFRJ, destinarão percentuais superiores ao determinado pela lei. A UFRJ reservará, neste processo seletivo, 30% de suas vagas adequando-se à nova lei. Na UFF, além dos 12,5% previstos legalmente, outros 10% serão reservados a candidatos que cumprirem certos critérios socioeconômicos, mas sem o critério racial. Na avaliação de Nidia Majerowicz, Pró-Reitora de Graduação da UFRRJ, um dos maiores desafios decorrentes da nova lei será "a criação de mecanismos seguros e eficientes para garantir a verificação da renda para que a reserva de vagas pelo critério socioeconômico seja efetivamente destinada ao público que a ela faz jus."


Algumas federais, como a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ), já reservavam 20% das vagas com habilitação em Licenciatura para candidatos que fossem professores em atividade na rede pública de educação. O reitor da Unirio, Luiz Pedro San Gil Jutuca, não só apoia a nova lei como também manterá a política afirmativa anterior. "Acho até que essa lei demorou a chegar, porque busca minorar toda uma dívida que a sociedade tem para o contingente menos agraciado ultimamente com uma educação de qualidade", afirmou.

Já as universidades estaduais são orientadas por uma lei estadual em vigor desde 2008 que reserva 45% das vagas a estudantes carentes, sendo 20% para negros ou indígenas, 20% para candidatos oriundos da rede pública de ensino e 5% para pessoas com deficiência ou filhos de agentes de segurança mortos ou incapacitados em razão do serviço. Além da Uerj, outras três instituições estaduais - Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec-RJ), que também oferece cursos de graduação, Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) e Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) - terão reservadas cerca de mil vagas.

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