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PT negocia neutralidade do PSB em troca de acordos regionais

Objetivo do PT, agora, é evitar que o PSB se alie formalmente a Ciro Gomes, e libere suas lideranças estaduais para apoiar o candidato à Presidência

PT disse que os petistas não negociam mais uma coligação nacional com o PSB (Mario Tama/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2018 às 09h35.

Última atualização em 31 de julho de 2018 às 09h36.

São Paulo - Dirigentes do PT disseram nesta segunda-feira, 31, durante reunião do Conselho Consultivo do partido, em São Paulo, que os petistas não negociam mais uma coligação nacional com o PSB . O objetivo do PT, agora, é evitar que o PSB se alie formalmente a Ciro Gomes (PDT), e libere suas lideranças estaduais para apoiar o candidato a presidente que considerem melhor.

A negociação passa por acordos entre PT e PSB em Pernambuco e Minas Gerais. Em Pernambuco, o PT forçaria a saída de sua pré-candidata, a vereadora Marília Arraes, abrindo caminho para a candidatura à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB). Em Minas, seria o inverso. O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) abandonaria a disputa, em favor do petista Fernando Pimentel, que concorre à reeleição.

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O PT já adiou duas vezes o encontro nacional que vai definir a posição do partido em Pernambuco em nome das negociações com o PSB. Segundo petistas pernambucanos, Marília tem hoje a maioria do diretório estadual.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, negou os termos da negociação. Segundo ele, a possibilidade de apoiar o PT ainda não foi totalmente descartada. No domingo, o partido vai decidir entre uma coligação com os petistas, apoio a Ciro ou liberar as lideranças estaduais. O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), defende uma candidatura própria, mesmo que seja para perder a eleição. França não quer abrir mão do tempo do partido no horário eleitoral da TV, mas é minoria.

"Não discuti isso (acordo regional envolvendo Lacerda) com ninguém. O PT condicionou a retirada da Marília a um acordo nacional", afirmou Siqueira.

O PT ainda negocia alianças com o PROS e o PCdoB. Segundo dirigentes do partido, emissários levaram ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pela Lava Jato e preso em Curitiba, a sugestão de que Manuela d'Ávila, pré-candidata do PCdoB, seja a vice na chapa petista. Lula não se manifestou.

A escolha do vice é motivo de divergências no PT. Correntes influentes dizem que o partido deve escolher logo um nome dentro de suas próprias fileiras. Um grupo prefere que o vice seja um nome "fraco", que não seja visto como possível "plano B" a Lula. Outros petistas acham melhor que o vice seja o possível substituto de Lula.

Presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR) publicou um texto na página do partido no qual critica lideranças da esquerda que admitem uma eleição sem Lula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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