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PT e PSL terão maiores bancadas; Abstenção fica em terceiro; Jucá perde para o Senado e mais…

ROMERO JUCÁ: depois de seis mandatos consecutivos, o senador do MDB foi derrotado nas eleições para o Senado

ROMERO JUCÁ: depois de seis mandatos consecutivos, o senador do MDB foi derrotado nas eleições para o Senado

DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2018 às 06h54.

Última atualização em 8 de outubro de 2018 às 07h07.

Na Câmara, sucessos e fracassos

Com apenas 24 anos, João Campos (PSB), filho de Eduardo Campos – que governou Pernambuco por dois mandatos e faleceu em 2014 -, enquanto concorria à Presidência da República pelo PSB, está em primeiro lugar na lista de deputados federais de Pernambuco. Ele obteve uma grande votação: 459.811 votos. Outro membro da família Arraes, Marília Arraes (PT), obteve 192.628, e está em segundo lugar entre os mais votados. Os dois fazem parte da tradicional elite da política local. Já o filho do senador e ex- presidente Fernando Collor, Fernando James Braz Collor de Mello, teve 16.152 e ficou em 17° lugar. Foi a primeira vez ele concorreu a um cargo em nível nacional. São apenas oito vagas para a Câmara dos Deputados em Alagoas. No Rio, Danielle Cunha, filha de Eduardo Cunha, e Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral, ambos candidatos do MDB, ficaram mal posicionados no ranking e não conseguiram se eleger. Leonardo Picciani, filho de Jorge Picciani, também não conseguiu voltar a Brasilia. O filho do prefeito Marcelo Crivella não se elegeu deputado federal. A filha do candidato cassado Anthony Garotinho, Clarissa Garotinho, obteve a reeleição. Seu irmão, Wladimir Garotinho, também estará na Câmara dos Deputados em 2019. Cristiane Brasil (PTB) também perdeu a reeleição. Dois senadores adversários, ambos envolvidos na Lava Jato, que optaram por tentar a Câmara, foram bem sucedidos: Aécio Neves (PSDB-MG), que recebeu mais de 50 milhões de votos para a Presidência em 2014, contabilizou agora modestos 106 mil votos. Já Gleisi Hoffmann (PT-PR) conquistou o dobro de Aécio, cerca de 212 mil.

Surpresa no Senado 1: Jucá fora

Depois de seis mandatos consecutivos, o senador Romero Jucá (MDB-RR) foi derrotado nas eleições para o Senado. A disputa com Mecias de Jesus (PRB) foi acirrada. Somente nos últimos votos, apurados às 23h26, o segundo colocado foi conhecido. Em primeiro lugar, foi escolhido o ex-deputado federal Chico Rodrigues (DEM), com 11.318 votos. Com 99,91% dos votos apurados, Jucá tinha 84.849 e Mecias de Jesus, 85.283. Faltavam ser apurados 389 votos, número inferior a diferença de Mecias para Jucá.

Surpresa no Senado 2: Eunício fora

O candidato Cid Gomes (PDT) venceu a disputa para o Senado, pelo Ceará, com 41,59% dos votos válidos. Eduardo Girão (PROS) ficou em segundo lugar e também garantiu vaga, com 17,11% dos votos válidos. Até agora foram apurados 99,65% das urnas. Os votos brancos somam 16,29% e os nulos, 35,29%. A abstenção está em 17,33%. O senador e atual presidente do Congresso, Eunício Oliveira (MDB), ficou em terceiro lugar, com 16,93% dos votos válidos, e não conseguiu se reeleger. Assim, ele deixa o Congresso ao final desta legislatura, em 1º de fevereiro de 2019.

PT e PSL terão maiores bancadas

O PT e o PSL, partidos dos dois candidatos à Presidência que disputarão o segundo turno no fim do mês, terão as maiores bancadas na Câmara dos Deputados após as eleições deste domingo, de acordo com um levantamento feito pela XP Investimentos. O PT de Fernando Haddad, que conta com 61 parlamentares na Câmara atualmente, elegeu 57 deputados federais neste domingo. O número de eleitos, no entanto, é bem menor que os 70 eleitos em 2014. O PSL, por sua vez, embalado pela onda pró-Bolsonaro neste domingo elegeu 51 parlamentares. Há quatro anos, o partido tinha conseguido eleger apenas um deputado. A bancada atual, de oito deputados, já tinha se beneficiado pela transferências de parlamentares em função da filiação do presidenciável em março deste ano.

Abstenção chega a 20%, maior desde 2002

Um em cada cinco brasileiros preferiu não ir votar no pleito deste domingo. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, 29.719.056 pessoas não compareceram às seções eleitorais – uma taxa de 20,32%. Esse é o maior índice desde 2002 (segundo verificado quando 99,42% dos votos estavam apurados). O Mato Grosso foi o estado com maior proporção de eleitores que não compareceram para votar, 24,55% (ou 571.841 pessoas). Roraima teve a menor taxa de abstenção: 13,86% (45.120 pessoas). Em termos absolutos, São Paulo teve o maior volume de eleitores que não compareceram à votação: 7.108.863 de pessoas. O volume total de abstenções é apenas menor que o número de votos obtidos por Jair Bolsonaro (PSL), 49,1 milhões; e por Fernando Haddad (PT), 30,9 milhões.

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