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PT apoiará André Figueiredo, do PDT, em eleições na Câmara

Petistas chegaram a cogitar o apoio a outros candidatos, mas a sinalização da formação de um grande bloco de partidos apoiando Maia não agradou o PT

André: "é uma honra muito grande ter o apoio da bancada do PT", disse o deputado (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

André: "é uma honra muito grande ter o apoio da bancada do PT", disse o deputado (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 19h52.

A bancada do PT na Câmara dos Deputados anunciou nesta terça-feira apoio ao deputado André Figueiredo (PDT-CE) na disputa para a presidência da Casa, marcada para a quinta-feira, informou a liderança da bancada petista após reunião para definir a posição na eleição.

Petistas chegaram a cogitar o apoio a outros candidatos, especialmente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de modo a garantir ao partido, que tem a segunda maior bancada da Casa, espaço na Mesa Diretora.

Mas a sinalização da formação de um grande bloco de partidos governistas apoiando Maia, praticamente retirando a possibilidade de ter um petista na Mesa, pode ter facilitado na definição pelo apoio de Figueiredo, cujo PDT é oposição ao governo Temer como o PT.

A tese do apoio ao pedetista também representou a vitória da ala do PT que defendia uma candidatura inclinada à esquerda e que rejeitava a possibilidade de os petistas votarem em um candidato que apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, casos dos demais candidatos que já se lançaram à disputa.

"É uma honra muito grande ter o apoio da bancada do PT", disse Figueiredo durante a reunião da bancada petista.

"Vivemos um momento extremamente crítico na conjuntura política do nosso país. Vivenciamos um momento que urge que as forças do nosso campo político se unifiquem", defendeu o pedetista.

Além de Figueiredo e Maia lançaram candidaturas à presidência da Câmara o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), e Júlio Delgado (PSB-MG).

Os adversários de Maia contestam no Supremo Tribunal Federal (STF) a candidatura do parlamentar do DEM por entenderem que a Constituição impede a reeleição dentro da mesma Legislatura. Maia, por sua vez, afirma que o texto constitucional não é explícito em proibir a reeleição em casos de mandatos-tampão, como é o caso dele, que assumiu para concluir o período do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no cargo.

Maia é o candidato preferido do Palácio do Planalto e já angariou o apoio oficial de vários partidos na disputa, entre eles o PSD, de Rosso, e o PSB, de Delgado.

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