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PSDB paulista quer eleição para contrapor Aécio

Em dezembro, o senador Aécio Neves (MG) conseguiu o apoio da maioria da cúpula para prorrogar até 2018 seu mandato como presidente do partido

Aécio Neves: três nomes já se apresentaram para comandar o diretório (Adriano Machado/Reuters/Reuters)

Aécio Neves: três nomes já se apresentaram para comandar o diretório (Adriano Machado/Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 08h30.

São Paulo - Para se contrapor à decisão da Executiva Nacional do PSDB de prorrogar os mandatos dos dirigentes nacionais e estaduais por mais um ano, aliados do governador Geraldo Alckmin querem promover uma eleição interna para eleger a nova cúpula.

O presidente do partido em São Paulo, deputado estadual Pedro Tobias, convocou uma reunião para segunda-feira na qual pretende abrir o processo.

"Isso será uma mensagem para a militância de que em São Paulo há democracia interna. Vou abrir mão de permanecer no cargo", disse ele à reportagem. O mandato de Tobias termina em junho e ele poderia disputar novamente.

No dia 15 de dezembro, o senador Aécio Neves (MG) conseguiu o apoio da maioria da cúpula partidária para prorrogar até maio de 2018 o próprio mandato como presidente do partido. A medida se estendeu aos dirigentes estaduais, mas não aos municipais.

A manobra surpreendeu os aliados de Alckmin, que votaram contra. Com a prorrogação, Aécio estará no comando da máquina tucana no momento de montar o palanque do PSDB à Presidência em 2018.

Estímulo

O Palácio dos Bandeirantes está estimulando possíveis postulantes ao comando do partido em São Paulo que são ligados ao governador. A escolha da nova executiva paulista é considerada pelos tucanos como mais uma demonstração do controle que o governador exerce sobre a máquina partidária do Estado.

Além de Alckmin e Aécio, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, também é cotado para a vaga de candidato presidencial. Com a vitória de João Doria para a Prefeitura de São Paulo, no entanto, o governador isolou o grupo político do chanceler no Estado.

Correligionários de Alckmin não descartam, porém, a possibilidade de ele deixar a legenda e migrar para o PSB caso não consiga viabilizar sua candidatura. Se isso ocorrer, o PSDB correria o risco de perder o apoio de grande parte dos prefeitos do Estado e teria que reconstruir sua base.

Três nomes já se apresentaram para comandar o diretório: o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, e o deputado federal Miguel Haddad. Todos são afinados com o projeto presidencial de Alckmin. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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