A proposta inicial dos partidos era agregar o MDB à federação sem alterar o prazo de sua duração, o que os advogados entenderam não ser possível (Orlando Brito / PSDB/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 2 de junho de 2023 às 12h56.
Última atualização em 2 de junho de 2023 às 13h20.
O MDB e o PSDB desistiram nesta sexta-feira de formar uma federação após constatarem que a inclusão do MDB na já existente federação entre PSDB e Cidadania obrigaria os três partidos a estarem juntos nas eleições presidenciais de 2026.
Hoje, no entanto, não há consenso para uma aliança daqui a três anos. Enquanto o PSDB estuda lançar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, à Presidência, o MDB, hoje, faz parte da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista ao "O Globo" publicada na segunda-feira, Leite disse que as legendas consultariam o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o tema, mas a decisão de abandonar a ideia veio antes mesmo de uma resposta da Corte.
A proposta inicial dos partidos era agregar o MDB à federação sem alterar o prazo de sua duração, o que os advogados entenderam não ser possível. A federação ampliada estenderia a aliança por quatro anos, ou seja, até 2027.
"Nós devemos consultar o TSE para consolidar a visão de que é possível agregar um partido a esta federação sem alterar o prazo, o que significa fazermos essa federação ampliada especialmente para as eleições municipais, sem interferir nas posições que nossos partidos têm sobre estar no governo ou na oposição. A federação com o MDB é uma conversa muito inicial, que merecerá ainda muitas outras reuniões para haver um entendimento se podemos avançar. Também temos uma discussão com o Podemos", disse Leite ao "O Globo".
A “minifederação” frustrada mirava uma aliança dos três partidos nas eleições. Garantiria, por exemplo, que o PSDB apoiasse o prefeito Ricardo Nunes em São Paulo