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PSD diz que servidores presos em SP são de carreira

Conforme dirigentes do PSD, as investigações sobre a cobrança de propina para a liberação de empreendimentos imobiliários começaram no final de 2012

O ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab: Kassab disse, em nota, que apoia investigações e punições, caso seja comprovada a culpa de alguém (José Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 17h29.

Brasília - A direção do PSD informou que o partido não se sente atingido pela operação "Acerto de Contas", que prendeu quatro funcionários da gestão de Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo.

Pelo contrário, afirmaram dirigentes do partido, os servidores presos são de carreira da Prefeitura e um deles passou a ter função de confiança já no governo de Fernando Haddad. Este servidor é Ronilson Bezerra Rodrigues, que foi nomeado para a SPTrans na gestão de Haddad.

Conforme os dirigentes do PSD, as investigações sobre a cobrança de propina para a liberação de empreendimentos imobiliários começaram no final de 2012, durante a gestão de Kassab.

Portanto, segundo os dirigentes, não há por que suspeitar de que alguém do PT ou do governo federal esteja por trás das investigações. O que há é uma continuidade da apuração das denúncias.

Kassab disse, em nota, que apoia as investigações e punições, caso seja comprovada a culpa de alguém.

Na nota, ao contrário dos dirigentes do PSD, que falaram no início das investigações ainda no ano passado, Kassab afirmou desconhecer a investigação em curso na Secretaria de Finanças. Mas disse que apoia integralmente a apuração e, se comprovada a irregularidade, defende "punição exemplar de todos os envolvidos".

Kassab afirmou ainda na nota que, quando alertado sobre qualquer suspeita durante sua gestão, mesmo que por denúncias anônimas, encaminhou para a apuração da Corregedoria-Geral do município e ciência do Ministério Público, com o qual manteve total colaboração.

De acordo com informação de bastidores de pessoas ligadas a Kassab, no final do ano passado, as denúncias chegaram à Prefeitura por intermédio do promotor de Justiça Edilson Mougenot.

Integrante da Executiva nacional do partido e ex-líder do PSD na Câmara, o deputado Guilherme Campos (SP) disse que as investigações sobre a cobrança de propina para liberar empreendimentos imobiliários na capital começaram durante a gestão de Gilberto Kassab e se prolongaram pela atual, de Haddad.

"Todos os servidores são de carreira. Não há nenhuma indicação política", continuou ele.

"O que sabemos é que um deles passou a ocupar cargo de confiança na SPTrans no atual governo", disse o deputado. O líder do PSD, Eduardo Sciarra (PR), também da Executiva nacional, afirmou que as denúncias não atingem o ex-prefeito.

As fraudes foram cometidas entre 2007 e 2012, durante a gestão de Kassab, atual presidente nacional do PSD. A ação faz parte da "Operação Acerto de Contas", feita pela Prefeitura e pelo Ministério Público Estadual para combater a corrupção dentro das repartições municipais. A quadrilha teria desviado até R$ 500 milhões no período em que atuou, segundo estimativa da gestão atual.

O esquema é tratado pelo prefeito como "um dos maiores escândalos já descobertos na cidade".

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Brasília - A direção do PSD informou que o partido não se sente atingido pela operação "Acerto de Contas", que prendeu quatro funcionários da gestão de Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo.

Pelo contrário, afirmaram dirigentes do partido, os servidores presos são de carreira da Prefeitura e um deles passou a ter função de confiança já no governo de Fernando Haddad. Este servidor é Ronilson Bezerra Rodrigues, que foi nomeado para a SPTrans na gestão de Haddad.

Conforme os dirigentes do PSD, as investigações sobre a cobrança de propina para a liberação de empreendimentos imobiliários começaram no final de 2012, durante a gestão de Kassab.

Portanto, segundo os dirigentes, não há por que suspeitar de que alguém do PT ou do governo federal esteja por trás das investigações. O que há é uma continuidade da apuração das denúncias.

Kassab disse, em nota, que apoia as investigações e punições, caso seja comprovada a culpa de alguém.

Na nota, ao contrário dos dirigentes do PSD, que falaram no início das investigações ainda no ano passado, Kassab afirmou desconhecer a investigação em curso na Secretaria de Finanças. Mas disse que apoia integralmente a apuração e, se comprovada a irregularidade, defende "punição exemplar de todos os envolvidos".

Kassab afirmou ainda na nota que, quando alertado sobre qualquer suspeita durante sua gestão, mesmo que por denúncias anônimas, encaminhou para a apuração da Corregedoria-Geral do município e ciência do Ministério Público, com o qual manteve total colaboração.

De acordo com informação de bastidores de pessoas ligadas a Kassab, no final do ano passado, as denúncias chegaram à Prefeitura por intermédio do promotor de Justiça Edilson Mougenot.

Integrante da Executiva nacional do partido e ex-líder do PSD na Câmara, o deputado Guilherme Campos (SP) disse que as investigações sobre a cobrança de propina para liberar empreendimentos imobiliários na capital começaram durante a gestão de Gilberto Kassab e se prolongaram pela atual, de Haddad.

"Todos os servidores são de carreira. Não há nenhuma indicação política", continuou ele.

"O que sabemos é que um deles passou a ocupar cargo de confiança na SPTrans no atual governo", disse o deputado. O líder do PSD, Eduardo Sciarra (PR), também da Executiva nacional, afirmou que as denúncias não atingem o ex-prefeito.

As fraudes foram cometidas entre 2007 e 2012, durante a gestão de Kassab, atual presidente nacional do PSD. A ação faz parte da "Operação Acerto de Contas", feita pela Prefeitura e pelo Ministério Público Estadual para combater a corrupção dentro das repartições municipais. A quadrilha teria desviado até R$ 500 milhões no período em que atuou, segundo estimativa da gestão atual.

O esquema é tratado pelo prefeito como "um dos maiores escândalos já descobertos na cidade".

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