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PSB proíbe filiados de ocupar cargos no governo Dilma

Partido decidiu assumir uma posição de "independência propositiva" em relação ao governo da presidente Dilma


	Carlos Siqueira: "não tem necessidade de ser obrigatoriamente contra, ou obrigatoriamente a favor", disse
 (Arquivo PSB/Divulgação)

Carlos Siqueira: "não tem necessidade de ser obrigatoriamente contra, ou obrigatoriamente a favor", disse (Arquivo PSB/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 09h46.

São Paulo - O PSB decidiu nesta quinta-feira assumir uma posição de "independência propositiva" em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff e determinou que nenhum filiado da legenda tem autorização para assumir cargos no governo federal.

O partido, que na eleição deste ano lançou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência, e posteriormente Marina Silva após a morte de Campos em um acidente aéreo em agosto, apoiou o candidato do PSDB, Aécio Neves, contra Dilma no segundo turno.

"Essa posição consiste em examinar a conduta do governo, as propostas mais estratégicas, e se definir sobre elas de forma contrária, ou a favor. Não tem necessidade de ser obrigatoriamente contra, ou obrigatoriamente a favor", disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, após reunião da Executiva do partido em Brasília, de acordo com nota da legenda.

Apesar da posição de "independência propositiva", o PSB já tem se alinhado com partidos de oposição a Dilma em algumas matérias no Congresso Nacional, como o projeto de lei que altera o cálculo da meta de superávit primário.

Na quarta-feira, o líder socialista na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), que foi candidato a vice na chapa presidencial encabeçada por Marina, assinou junto com líderes de PSDB, DEM e PPS ações no Supremo Tribunal Federal que, se acatadas pela Corte, implicarão na suspensão da tramitação da proposta que altera a meta fiscal.

Albuquerque e a bancada do PSB confirmaram nesta quinta-feira a candidatura de Julio Delgado (PSB-MG) à presidência da Câmara dos Deputados na próxima legislatura, que começa no ano que vem.

Além de Delgado, o líder do PMDB na Casa, Eduardo Cunha (RJ), também já lançou seu nome ao cargo, colocando fim a um revezamento entre PT e PMDB no comando da Câmara. A candidatura de Cunha desagrada o Palácio do Planalto, e o PT ainda não definiu candidato.

"(A candidatura de Delgado é a) reafirmação de uma posição de independência do PSB, sobretudo em relação à polarização entre PT e PMDB que toma conta da Câmara. Este cenário não serve aos interesses da sociedade, somente a interesses políticos", disse Albuquerque.

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