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Protesto por Amarildo acaba em tumulto em São Paulo

Grupo, que chegou a ter 400 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), teve dificuldades em vários momentos para decidir o trajeto que a passeata deveria seguir

Polícia militar de São Paulo entra em confronto com manifestantes em um protesto contra o governador Geraldo Alckimin, nesta quinta-feira (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 23h42.

São Paulo – Divergências enfraqueceram a manifestação feita na noite de hoje (2) contra o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin , e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e pedindo a desmilitarização da polícia. O grupo, que chegou a ter 400 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), teve dificuldades em vários momentos para decidir o trajeto que a passeata deveria seguir.

Com o número de participantes reduzido, após um trajeto por ruas pouco movimentadas do bairro Bela Vista, o protesto desceu em direção à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), onde chegou por volta das 22h. No local, houve tumulto e a PM usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes.

O ato começou com concentração no Museu de Arte de São Paulo (Masp), o grupo seguiu pela Avenida Paulista no sentido Paraíso. Em seguida, a passeata desceu a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, sentido centro. Nesse momento, temendo depredações, algumas lojas fecharam com os clientes ainda dentro. Depois de alguns minutos de caminhada, os manifestantes seguiram por ruas menores e com pouco movimento, no bairro Bela Vista. Após um percurso sinuoso, o grupo retornou à Avenida Paulista, onde, por cerca de 30 minutos, os manifestantes discutiram, antes de seguir para a Alesp. A discussão levou muitos participantes a abandonarem o ato.

A artesã Vânia Folco criticou a falta de objetividade do ato desta noite. “O pessoal está com muitas divergências, acho que tem que focar mais nos objetivos”, opinou. Mesmo com os problemas, Vânia destacou a importância do protesto. “Eu sinto orgulho de estar aqui. Tenho vergonha de quem fica em casa”, disse.

Para a engenheira florestal Cláudia Caliari, é importante lembrar que o caso de Amarildo é apenas um exemplo da violência policial que acontece em todo o país. “Não é só um, são vários Amarildos”. Já o ilustrador Jonas dos Santos reclamou da falta de atenção dos governos de Alckmin e Cabral às demandas sociais. “Eles só veem o lado dos ricos e a gente simples, como nós, é tratada como lixo”, declarou.

O pedreiro Amarildo desapareceu no dia 14 de julho, após ser levado por policiais militares, da casa dele na Rocinha, para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade, no bairro de São Conrado, na zona sul do Rio.

Este foi o quarto ato que lembra o caso do pedreiro carioca. O ato foi acompanhado por homens da Polícia Militar. Na manifestação de ontem (1º), três pessoas foram detidas e liberadas, depois de prestar depoimentos na delegacia. As duas anteriores ocorreram depredações e vandalismo.

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São Paulo – Divergências enfraqueceram a manifestação feita na noite de hoje (2) contra o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin , e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e pedindo a desmilitarização da polícia. O grupo, que chegou a ter 400 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), teve dificuldades em vários momentos para decidir o trajeto que a passeata deveria seguir.

Com o número de participantes reduzido, após um trajeto por ruas pouco movimentadas do bairro Bela Vista, o protesto desceu em direção à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), onde chegou por volta das 22h. No local, houve tumulto e a PM usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes.

O ato começou com concentração no Museu de Arte de São Paulo (Masp), o grupo seguiu pela Avenida Paulista no sentido Paraíso. Em seguida, a passeata desceu a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, sentido centro. Nesse momento, temendo depredações, algumas lojas fecharam com os clientes ainda dentro. Depois de alguns minutos de caminhada, os manifestantes seguiram por ruas menores e com pouco movimento, no bairro Bela Vista. Após um percurso sinuoso, o grupo retornou à Avenida Paulista, onde, por cerca de 30 minutos, os manifestantes discutiram, antes de seguir para a Alesp. A discussão levou muitos participantes a abandonarem o ato.

A artesã Vânia Folco criticou a falta de objetividade do ato desta noite. “O pessoal está com muitas divergências, acho que tem que focar mais nos objetivos”, opinou. Mesmo com os problemas, Vânia destacou a importância do protesto. “Eu sinto orgulho de estar aqui. Tenho vergonha de quem fica em casa”, disse.

Para a engenheira florestal Cláudia Caliari, é importante lembrar que o caso de Amarildo é apenas um exemplo da violência policial que acontece em todo o país. “Não é só um, são vários Amarildos”. Já o ilustrador Jonas dos Santos reclamou da falta de atenção dos governos de Alckmin e Cabral às demandas sociais. “Eles só veem o lado dos ricos e a gente simples, como nós, é tratada como lixo”, declarou.

O pedreiro Amarildo desapareceu no dia 14 de julho, após ser levado por policiais militares, da casa dele na Rocinha, para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade, no bairro de São Conrado, na zona sul do Rio.

Este foi o quarto ato que lembra o caso do pedreiro carioca. O ato foi acompanhado por homens da Polícia Militar. Na manifestação de ontem (1º), três pessoas foram detidas e liberadas, depois de prestar depoimentos na delegacia. As duas anteriores ocorreram depredações e vandalismo.

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