Protesto de aeroviários atrapalha acesso a aeroporto do Rio
Congestionamento causado na Avenida 20 de Janeiro já chega a 20 quilômetros, segundo a Polícia Militar
Da Redação
Publicado em 8 de dezembro de 2010 às 07h41.
Rio de Janeiro - Cerca de 300 aeroviários promovem hoje (8) uma manifestação na Avenida 20 de Janeiro, que dá acesso ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio. O grupo ocupa uma pista e deixa o trânsito bastante complicado na região.
De acordo com a Polícia Militar, o congestionamento já é superior a 20 quilômetros. Mais cedo, a situação era ainda pior porque os manifestantes fecharam as duas pistas da avenida por cerca de uma hora. Muitas pessoas que precisavam chegar ao terminal tiveram que saltar dos carros e seguir a pé, carregando malas, num trajeto de aproximadamente 2 quilômetros.
Além disso, os aeroviários, que usam três carros de som, também param ônibus e vans para abordar outros profissionais, pedindo que desçam dos veículos para se juntar a eles. De acordo com a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, a categoria reivindica reajuste salarial, melhores condições de trabalho e a manutenção da data base no dia 1º de dezembro. O sindicato que representa as empresas aéreas propôs mudar a data-base para abril, para que as negociações salariais sejam feitas após o período de férias, quando o movimento nos aeroportos aumenta.
“Já atingimos nosso objetivo hoje. Conseguimos reunir um bom número de manifestantes e atrasar os vôos do início da manhã. Infelizmente a intransigência das empresas nos obrigou a fazer isso”, afirmou Selma Balbino.
De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra o terminal, até agora não foram registradas alterações nos vôos no Aeroporto Antônio Carlos Jobim, que partem nos horários previstos.
Está marcada para a tarde de hoje uma nova reunião entre os sindicatos das empresas e dos aeroviários. Caso não haja acordo, a categoria promete intensificar os protestos e realizar uma operação-padrão durante as festas de fim de ano.