Projeto de Eike para revitalizar Marina no Rio é aprovado
O empresário planeja construir uma estrutura de 15 metros de altura na Marina da Glória, que seria usada como centro de convenções
Da Redação
Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 11h07.
Rio de Janeiro- O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou anteprojeto polêmico do Grupo EBX que prevê a construção de lojas e a chamada "revitalização" da área usada para eventos na Marina da Glória, no Parque do Flamengo, tombado em 1965.
O empresário Eike Batista planeja construir uma estrutura de 15 metros de altura no local, que seria usado como centro de convenções.
O projeto para a Marina vem sendo apresentado ao Iphan desde 1998. A última proposta, do arquiteto Índio da Costa, foi submetida à apreciação em 2010 e rejeitada pela superintendência no Rio em julho do ano passado.
Na ocasião, o veto ocorreu em função de cinco pontos: ocupação da área de piqueniques e do bosque do parque; aumento do número de vagas de estacionamento; ampliação do molhe da enseada; aumento do número de fingers; e criação de uma passagem elevada de pedestre.
Índio da Costa encaminhou recurso à presidência do Iphan em dezembro com mudanças no projeto e obteve a decisão favorável em 29 de janeiro.
Segundo o Iphan, em relação aos cinco pontos críticos apontados pela superintendência, a nova versão "não ocupa a zona de piqueniques e do bosque; concentra as vagas de estacionamento em um único espaço (já com essa destinação); não amplia o molhe da enseada; mantém o número de fingers (10); e detalha a passagem elevada de pedestre proposta".
O Iphan autorizou a elaboração de um projeto executivo, solicitando "maior desenvolvimento e detalhamento de pontos específicos". O projeto final ainda deverá ser submetido à aprovação do Iphan e apreciado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.
Foi uma vitória para o empresário Eike Batista. O primeiro projeto para a Marina, elaborado pela Empresa Brasileira de Terraplanagem e Engenharia, foi vetado por unanimidade, porque ampliava a área edificada no parque.
Os planos da EBX para a área, porém, não estão muito claros. A empresa informou que pretende "aprimorar o que existe e aprofundar as discussões" sobre o uso da Marina. "Há dois anos estamos cumprindo todas as exigências dos órgãos públicos para aprovação da revitalização.
O processo de licenciamento no Instituto Estadual do Ambiente, que aguarda a aprovação do Iphan, é o momento de debate com a comunidade, quando são realizadas audiências públicas." De acordo com a EBX, as vagas para barcos serão ampliadas de 200 para 500.
Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e diretor do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Pedro da Luz criticou a falta de divulgação e discussão sobre o projeto. "O processo deveria ser mais transparente."
Rio de Janeiro- O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou anteprojeto polêmico do Grupo EBX que prevê a construção de lojas e a chamada "revitalização" da área usada para eventos na Marina da Glória, no Parque do Flamengo, tombado em 1965.
O empresário Eike Batista planeja construir uma estrutura de 15 metros de altura no local, que seria usado como centro de convenções.
O projeto para a Marina vem sendo apresentado ao Iphan desde 1998. A última proposta, do arquiteto Índio da Costa, foi submetida à apreciação em 2010 e rejeitada pela superintendência no Rio em julho do ano passado.
Na ocasião, o veto ocorreu em função de cinco pontos: ocupação da área de piqueniques e do bosque do parque; aumento do número de vagas de estacionamento; ampliação do molhe da enseada; aumento do número de fingers; e criação de uma passagem elevada de pedestre.
Índio da Costa encaminhou recurso à presidência do Iphan em dezembro com mudanças no projeto e obteve a decisão favorável em 29 de janeiro.
Segundo o Iphan, em relação aos cinco pontos críticos apontados pela superintendência, a nova versão "não ocupa a zona de piqueniques e do bosque; concentra as vagas de estacionamento em um único espaço (já com essa destinação); não amplia o molhe da enseada; mantém o número de fingers (10); e detalha a passagem elevada de pedestre proposta".
O Iphan autorizou a elaboração de um projeto executivo, solicitando "maior desenvolvimento e detalhamento de pontos específicos". O projeto final ainda deverá ser submetido à aprovação do Iphan e apreciado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.
Foi uma vitória para o empresário Eike Batista. O primeiro projeto para a Marina, elaborado pela Empresa Brasileira de Terraplanagem e Engenharia, foi vetado por unanimidade, porque ampliava a área edificada no parque.
Os planos da EBX para a área, porém, não estão muito claros. A empresa informou que pretende "aprimorar o que existe e aprofundar as discussões" sobre o uso da Marina. "Há dois anos estamos cumprindo todas as exigências dos órgãos públicos para aprovação da revitalização.
O processo de licenciamento no Instituto Estadual do Ambiente, que aguarda a aprovação do Iphan, é o momento de debate com a comunidade, quando são realizadas audiências públicas." De acordo com a EBX, as vagas para barcos serão ampliadas de 200 para 500.
Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e diretor do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Pedro da Luz criticou a falta de divulgação e discussão sobre o projeto. "O processo deveria ser mais transparente."