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Projeto de Eike para revitalizar Marina no Rio é aprovado

O empresário planeja construir uma estrutura de 15 metros de altura na Marina da Glória, que seria usada como centro de convenções

Marina da Glória: o Iphan autorizou a elaboração de um projeto executivo, solicitando "maior desenvolvimento e detalhamento de pontos específicos" (Rodrigo Soldon/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 11h07.

Rio de Janeiro- O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou anteprojeto polêmico do Grupo EBX que prevê a construção de lojas e a chamada "revitalização" da área usada para eventos na Marina da Glória, no Parque do Flamengo, tombado em 1965.

O empresário Eike Batista planeja construir uma estrutura de 15 metros de altura no local, que seria usado como centro de convenções.

O projeto para a Marina vem sendo apresentado ao Iphan desde 1998. A última proposta, do arquiteto Índio da Costa, foi submetida à apreciação em 2010 e rejeitada pela superintendência no Rio em julho do ano passado.

Na ocasião, o veto ocorreu em função de cinco pontos: ocupação da área de piqueniques e do bosque do parque; aumento do número de vagas de estacionamento; ampliação do molhe da enseada; aumento do número de fingers; e criação de uma passagem elevada de pedestre.

Índio da Costa encaminhou recurso à presidência do Iphan em dezembro com mudanças no projeto e obteve a decisão favorável em 29 de janeiro.

Segundo o Iphan, em relação aos cinco pontos críticos apontados pela superintendência, a nova versão "não ocupa a zona de piqueniques e do bosque; concentra as vagas de estacionamento em um único espaço (já com essa destinação); não amplia o molhe da enseada; mantém o número de fingers (10); e detalha a passagem elevada de pedestre proposta".


O Iphan autorizou a elaboração de um projeto executivo, solicitando "maior desenvolvimento e detalhamento de pontos específicos". O projeto final ainda deverá ser submetido à aprovação do Iphan e apreciado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

Foi uma vitória para o empresário Eike Batista. O primeiro projeto para a Marina, elaborado pela Empresa Brasileira de Terraplanagem e Engenharia, foi vetado por unanimidade, porque ampliava a área edificada no parque.

Os planos da EBX para a área, porém, não estão muito claros. A empresa informou que pretende "aprimorar o que existe e aprofundar as discussões" sobre o uso da Marina. "Há dois anos estamos cumprindo todas as exigências dos órgãos públicos para aprovação da revitalização.

O processo de licenciamento no Instituto Estadual do Ambiente, que aguarda a aprovação do Iphan, é o momento de debate com a comunidade, quando são realizadas audiências públicas." De acordo com a EBX, as vagas para barcos serão ampliadas de 200 para 500.

Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e diretor do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Pedro da Luz criticou a falta de divulgação e discussão sobre o projeto. "O processo deveria ser mais transparente."

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Rio de Janeiro- O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou anteprojeto polêmico do Grupo EBX que prevê a construção de lojas e a chamada "revitalização" da área usada para eventos na Marina da Glória, no Parque do Flamengo, tombado em 1965.

O empresário Eike Batista planeja construir uma estrutura de 15 metros de altura no local, que seria usado como centro de convenções.

O projeto para a Marina vem sendo apresentado ao Iphan desde 1998. A última proposta, do arquiteto Índio da Costa, foi submetida à apreciação em 2010 e rejeitada pela superintendência no Rio em julho do ano passado.

Na ocasião, o veto ocorreu em função de cinco pontos: ocupação da área de piqueniques e do bosque do parque; aumento do número de vagas de estacionamento; ampliação do molhe da enseada; aumento do número de fingers; e criação de uma passagem elevada de pedestre.

Índio da Costa encaminhou recurso à presidência do Iphan em dezembro com mudanças no projeto e obteve a decisão favorável em 29 de janeiro.

Segundo o Iphan, em relação aos cinco pontos críticos apontados pela superintendência, a nova versão "não ocupa a zona de piqueniques e do bosque; concentra as vagas de estacionamento em um único espaço (já com essa destinação); não amplia o molhe da enseada; mantém o número de fingers (10); e detalha a passagem elevada de pedestre proposta".


O Iphan autorizou a elaboração de um projeto executivo, solicitando "maior desenvolvimento e detalhamento de pontos específicos". O projeto final ainda deverá ser submetido à aprovação do Iphan e apreciado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.

Foi uma vitória para o empresário Eike Batista. O primeiro projeto para a Marina, elaborado pela Empresa Brasileira de Terraplanagem e Engenharia, foi vetado por unanimidade, porque ampliava a área edificada no parque.

Os planos da EBX para a área, porém, não estão muito claros. A empresa informou que pretende "aprimorar o que existe e aprofundar as discussões" sobre o uso da Marina. "Há dois anos estamos cumprindo todas as exigências dos órgãos públicos para aprovação da revitalização.

O processo de licenciamento no Instituto Estadual do Ambiente, que aguarda a aprovação do Iphan, é o momento de debate com a comunidade, quando são realizadas audiências públicas." De acordo com a EBX, as vagas para barcos serão ampliadas de 200 para 500.

Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e diretor do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Pedro da Luz criticou a falta de divulgação e discussão sobre o projeto. "O processo deveria ser mais transparente."

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