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Produtos com soluções inovadoras ajudam setor de lingerie

No ano passado, as vendas das linhas de modeladores, cintas elásticas e corpetes movimentaram R$ 586,7 milhões

Em 2014, as vendas das linhas de modeladores, cintas elásticas e corpetes movimentaram R$ 586,7 milhões (Marianna Massey/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2015 às 12h41.

São Paulo - Seja para ajudar a esconder uma gordurinha indesejada ou auxiliar no tratamento pós-cirúrgico, o fato é que as lingeries modeladoras e cintas elásticas ajudaram a sustentar o setor de moda íntima diante de um mercado mais retraído.

Com inovações que envolvem tecidos especiais e soluções tecnológicas, a categoria mostrou-se uma saída para as empresas na crise.

No ano passado, as vendas das linhas de modeladores, cintas elásticas e corpetes movimentaram R$ 586,7 milhões, alta de 11,9% em relação ao ano anterior.

Esses itens abocanharam 11,6% do setor de lingerie, segundo dados da empresa de pesquisa IEMI - Inteligência de Mercado. "Os produtos modeladores aparecem como uma boa solução para combater a crise. As marcas agregam diferenciais ao produto com inovação e diversificação", diz o diretor do IEMI, Marcelo Prado.

As vendas da linha slim da Darling, por exemplo, crescem ano a ano e hoje representam 10% do faturamento. A expectativa em torno dos produtos é positiva e a marca acredita que essa representatividade pode chegar a 50% em dois anos.

Além da vaidade feminina, a busca da consumidora por produtos considerados de menor risco é algo que protege a linha da retração econômica. "Em tempos incertos, o lojista prefere apostar em produtos básicos com maior giro", diz a diretora de criação da Darling, Margaret Lewinski.

Segundo a executiva, a linha de shapewear sempre fez parte do mix de produtos, mas se transformou com as novas tecnologias e ganhou mais conforto a partir da década de 90.

"Surgiram tecidos mais finos, mais elásticos. A linha que temos hoje é incomparável em relação ao conforto. Ela aperta, modela, da contorno, mas ao mesmo tempo é macia", diz.

Para Margaret, o crescimento do mercado é resultado da demanda do consumidor e do trabalho da indústria. "Estamos sempre pensando em novas formas que podem ajudar a mulher. As peças precisam ser bonitas, confortáveis e eficientes", diz Margaret.

Já a Lucitex espera crescer no segundo semestre com o lançamento de uma nova marca voltada para soluções pós-operatórias, a Medform, e uma linha de calcinhas com forro com fios de cobre, que eliminam fungos e bactérias. Os produtos foram lançados na Fevest, feira do setor que ocorreu recentemente, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

De acordo com a diretora comercial da Lucitex, Neucileia Layola Porto, a empresa projetou crescimento real de 3% para 2015 e, desde o ano passado, planejou uma série de ações para superar a crise.

"Tivemos reajuste de matéria-prima e mais outras despesas que acabaram pesando bastante na formação do custo da indústria. Até agora, na média, estamos empatando com o ano passado, mas planejamos crescimento", diz Neucileia, que costuma investir de 2% a 3% do faturamento na área de desenvolvimento.

Segundo Prado, do IEMI, a lingerie evoluiu para atender as necessidades da mulher. "A mulher é mãe, trabalha, pratica esportes. Essas várias situações fazem com que ela demande roupas íntimas específicas com propriedades diferentes", diz.

Para quem pretende investir na área, a recomendação é focar em um nicho. "A estratégia é se especializar e ter uma solução completa, buscar inovação para agregar valor. Não adianta mais do mesmo."

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São Paulo - Seja para ajudar a esconder uma gordurinha indesejada ou auxiliar no tratamento pós-cirúrgico, o fato é que as lingeries modeladoras e cintas elásticas ajudaram a sustentar o setor de moda íntima diante de um mercado mais retraído.

Com inovações que envolvem tecidos especiais e soluções tecnológicas, a categoria mostrou-se uma saída para as empresas na crise.

No ano passado, as vendas das linhas de modeladores, cintas elásticas e corpetes movimentaram R$ 586,7 milhões, alta de 11,9% em relação ao ano anterior.

Esses itens abocanharam 11,6% do setor de lingerie, segundo dados da empresa de pesquisa IEMI - Inteligência de Mercado. "Os produtos modeladores aparecem como uma boa solução para combater a crise. As marcas agregam diferenciais ao produto com inovação e diversificação", diz o diretor do IEMI, Marcelo Prado.

As vendas da linha slim da Darling, por exemplo, crescem ano a ano e hoje representam 10% do faturamento. A expectativa em torno dos produtos é positiva e a marca acredita que essa representatividade pode chegar a 50% em dois anos.

Além da vaidade feminina, a busca da consumidora por produtos considerados de menor risco é algo que protege a linha da retração econômica. "Em tempos incertos, o lojista prefere apostar em produtos básicos com maior giro", diz a diretora de criação da Darling, Margaret Lewinski.

Segundo a executiva, a linha de shapewear sempre fez parte do mix de produtos, mas se transformou com as novas tecnologias e ganhou mais conforto a partir da década de 90.

"Surgiram tecidos mais finos, mais elásticos. A linha que temos hoje é incomparável em relação ao conforto. Ela aperta, modela, da contorno, mas ao mesmo tempo é macia", diz.

Para Margaret, o crescimento do mercado é resultado da demanda do consumidor e do trabalho da indústria. "Estamos sempre pensando em novas formas que podem ajudar a mulher. As peças precisam ser bonitas, confortáveis e eficientes", diz Margaret.

Já a Lucitex espera crescer no segundo semestre com o lançamento de uma nova marca voltada para soluções pós-operatórias, a Medform, e uma linha de calcinhas com forro com fios de cobre, que eliminam fungos e bactérias. Os produtos foram lançados na Fevest, feira do setor que ocorreu recentemente, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

De acordo com a diretora comercial da Lucitex, Neucileia Layola Porto, a empresa projetou crescimento real de 3% para 2015 e, desde o ano passado, planejou uma série de ações para superar a crise.

"Tivemos reajuste de matéria-prima e mais outras despesas que acabaram pesando bastante na formação do custo da indústria. Até agora, na média, estamos empatando com o ano passado, mas planejamos crescimento", diz Neucileia, que costuma investir de 2% a 3% do faturamento na área de desenvolvimento.

Segundo Prado, do IEMI, a lingerie evoluiu para atender as necessidades da mulher. "A mulher é mãe, trabalha, pratica esportes. Essas várias situações fazem com que ela demande roupas íntimas específicas com propriedades diferentes", diz.

Para quem pretende investir na área, a recomendação é focar em um nicho. "A estratégia é se especializar e ter uma solução completa, buscar inovação para agregar valor. Não adianta mais do mesmo."

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