Principal obra contra crise hídrica atrasa
A interligação da Billings com a Represa Taiaçupeba ainda não saiu do papel e já acumula três meses de atraso
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2015 às 22h29.
São Paulo - Apontada como a principal obra para evitar o rodízio de água na Grande São Paulo neste ano, a interligação da Billings (Sistema Rio Grande) com a Represa Taiaçupeba (Alto Tietê) ainda não saiu do papel e já acumula três meses de atraso.
Em janeiro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu iniciar a obra no mês seguinte e entregá-la em maio deste ano. Agora, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já prevê conclui-la apenas em agosto.
Orçada em R$ 130 milhões, a interligação prevê a transposição de 4 mil litros por segundo do Rio Grande, braço limpo da Billings, em Ribeirão Pires, para a Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento de água do Sistema Alto Tietê. Para isso serão construídos dois dutos com 11 quilômetros de extensão e duas estações elevatórias de água bruta.
Com essa transposição, a Sabesp pretende ampliar a produção do Alto Tietê, hoje com capacidade ociosa por falta de água em seus reservatórios, para que ele possa socorrer mais bairros da zona leste paulistana que hoje ainda dependem do Cantareira.
Nesta segunda-feira, 27, o principal manancial paulista estava com 20,1% da capacidade, considerando o volume morto, ou 9,2% abaixo do nível zero do sistema.
Em nota, a companhia informou que os atrasos no cronograma da transposição "tratam-se de ajustes normais dado o tamanho e a complexidade de uma obra desse porte". Segundo a estatal, a obra começa ainda nesta semana e será concluída em quatro meses.
Para que a transposição não comprometa a capacidade do Rio Grande durante os meses de estiagem, a Sabesp vai "abastecê-lo" com os mesmos 4 mil l/s através da ligação com o Rio Pequeno, um braço menor da Billings que é ligado ao corpo central poluído da represa.
Segundo a Sabesp, essa água já é utilizada há cerca de 15 anos por meio da ligação do braço Taquacetuba da Billings com o Sistema Guarapiranga (4 mil l/s) e sua qualidade é monitorada constantemente.
Além da Billings, a Sabesp prevê levar água dos rios Guaió e Itatinga para o Alto Tietê, que em fevereiro começou a receber 500 l/s do Córrego Guaratuba, e dos Rios Capivari e Juquiá para o Guarapiranga, cuja produção será ampliada para 16 mil l/s com o acréscimo de mais 1 mil l/s na transferência de água pelo braço Taquacetuba.
São Paulo - Apontada como a principal obra para evitar o rodízio de água na Grande São Paulo neste ano, a interligação da Billings (Sistema Rio Grande) com a Represa Taiaçupeba (Alto Tietê) ainda não saiu do papel e já acumula três meses de atraso.
Em janeiro, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) prometeu iniciar a obra no mês seguinte e entregá-la em maio deste ano. Agora, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) já prevê conclui-la apenas em agosto.
Orçada em R$ 130 milhões, a interligação prevê a transposição de 4 mil litros por segundo do Rio Grande, braço limpo da Billings, em Ribeirão Pires, para a Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento de água do Sistema Alto Tietê. Para isso serão construídos dois dutos com 11 quilômetros de extensão e duas estações elevatórias de água bruta.
Com essa transposição, a Sabesp pretende ampliar a produção do Alto Tietê, hoje com capacidade ociosa por falta de água em seus reservatórios, para que ele possa socorrer mais bairros da zona leste paulistana que hoje ainda dependem do Cantareira.
Nesta segunda-feira, 27, o principal manancial paulista estava com 20,1% da capacidade, considerando o volume morto, ou 9,2% abaixo do nível zero do sistema.
Em nota, a companhia informou que os atrasos no cronograma da transposição "tratam-se de ajustes normais dado o tamanho e a complexidade de uma obra desse porte". Segundo a estatal, a obra começa ainda nesta semana e será concluída em quatro meses.
Para que a transposição não comprometa a capacidade do Rio Grande durante os meses de estiagem, a Sabesp vai "abastecê-lo" com os mesmos 4 mil l/s através da ligação com o Rio Pequeno, um braço menor da Billings que é ligado ao corpo central poluído da represa.
Segundo a Sabesp, essa água já é utilizada há cerca de 15 anos por meio da ligação do braço Taquacetuba da Billings com o Sistema Guarapiranga (4 mil l/s) e sua qualidade é monitorada constantemente.
Além da Billings, a Sabesp prevê levar água dos rios Guaió e Itatinga para o Alto Tietê, que em fevereiro começou a receber 500 l/s do Córrego Guaratuba, e dos Rios Capivari e Juquiá para o Guarapiranga, cuja produção será ampliada para 16 mil l/s com o acréscimo de mais 1 mil l/s na transferência de água pelo braço Taquacetuba.