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Primo de Aécio e assessor de Perrella deixam a prisão

Frederico Pacheco e Mendherson Lima foram encarregados de transportar R$ 2 milhões que, segundo delação de Joesley Batista, saíram da empresa para Aécio

Aécio Neves: a defesa do senador diz que o dinheiro foi um empréstimo oferecido por Joesley (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de junho de 2017 às 15h59.

Belo Horizonte - O primo do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), Frederico Pacheco, e o ex-assessor do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima, deixaram no início da tarde desta quinta-feira, 22, a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte, onde estavam desde 18 de maio, quando foram presos pela Polícia Federal na Operação Patmos.

Andrea Neves, irmã do senador, também presa na operação, deixou a Penitenciária Estevão Pinto, em Belo Horizonte, na capital, durante a madrugada.

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Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) tomada na última terça-feira, 20, os três ficarão em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica.

Frederico e Mendherson foram encarregados de transportar R$ 2 milhões que, segundo delação premiada de Joesley Batista, da JBS, saíram da empresa para o senador Aécio Neves.

A irmã do parlamentar afastado é apontada como intermediadora das negociações para o repasse dos recursos, conforme as investigações da Polícia Federal.

Assim como Andrea Neves, Pacheco e Mendherson já deixaram a penitenciária utilizando a tornozeleira eletrônica, foram levados em viaturas da Polícia Federal para o Instituto Médico Legal (IML), e deixados em suas residências.

Andrea e Frederico moram em condomínios na Grande Belo Horizonte.

Já Mendherson tem casa no bairro Barroca, na Região Oeste de Belo Horizonte. Segundo nota da Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), os procedimentos foram tomados com base em "padrão dos presos federais".

Defesa

Em nota divulgada na semana passada, a defesa do senador Aécio Neves reafirma "que o dinheiro foi um empréstimo oferecido por Joesley Batista com o objetivo de forjar um crime que lhe permitisse obter o benefício da impunidade penal. O empréstimo não envolveu dinheiro público e nenhuma contrapartida por parte do senador, não se podendo, portanto, falar em propina ou corrupção. O senador tem convicção de que as investigações feitas com seriedade e isenção demonstrarão os fatos verdadeiramente ocorridos".

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