Presos, seis deputados não são diplomados no Rio
Entre eles, cinco estão na cadeia por causa da Operação Furna da Onça, que investiga corrupção na Assembleia Legislativa do Estado
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Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 09h38.
Rio - Por estarem presos, seis deputados estaduais eleitos pelo Rio de Janeiro não compareceram nesta terça-feira, 18, à cerimônia de diplomação em seus novos mandatos pela Justiça Eleitoral. Cinco estão na cadeia por causa da Operação Furna da Onça , que investiga corrupção na Assembleia Legislativa do Estado.
Eles são André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius Neskau (PTB). O sexto deputado eleito que está na cadeia é Wanderson Gimenes Alexandre, do Solidariedade. Ele foi prefeito de Silva Jardim, município da região fluminense das Baixadas Litorâneas, e é suspeito de corrupção e fraudes em licitações. Todos deverão ser diplomados por procuração. O número equivale a 5% dos 120 eleitos no Rio em 2018.
A diplomação, porém, não garante a posse no cargo. A nova legislatura só começa em 1.º de fevereiro. Por lei, eles têm até 60 dias, a contar dessa data, para serem empossados, o que empurra o prazo para o início de abril. Caso não consigam deixar a cadeia, é possível que os suplentes sejam convocados para ocupar as vagas. A reportagem não conseguiu contato com as defesas dos parlamentares eleitos.
Governador
Repetindo o que fizera durante a campanha eleitoral, o governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC), também diplomado nesta terça, procurou associar sua imagem à do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Em discurso que durou cerca de dez minutos, Witzel falou mais do Brasil do que do Rio de Janeiro.
Boa parte do discurso foi dedicada a agradecimentos, um deles, afirmou, especial: ao senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), a quem chamou de "querido irmão". Na sequência, Witzel citou o presidente eleito.
"Jair Messias Bolsonaro, vamos agora ajudar a reconstruir um País, a reconstruir esta gigantesca nação, a reconstruir a esperança de um povo que espera novamente um Brasil pujante, um País gerando emprego, um País gerando oportunidades para a juventude, e a calmaria para aqueles que lutaram e trabalharam para o nosso País", discursou.
Sobre seu mandato, o futuro governador do Rio afirmou que terá "uma dificílima missão, a de colocar a casa em ordem" e disse que a segurança pública será prioridade. "É para que aqueles que deixaram o nosso País, deixaram o nosso Estado, possam ter novamente a esperança de retornar para a sua morada e conviver com amigos e familiares."