Presidente do BB diz que quer ajudar em "transição tranquila"
Ex-braço direito de Guedes, Daniella Marques, presidente da Caixa, também tem dito a interlocutores que facilitará troca de comando para a equipe de Lula
Agência O Globo
Publicado em 31 de outubro de 2022 às 18h08.
Última atualização em 31 de outubro de 2022 às 18h37.
O presidente do Banco do Brasil (BB), Fausto Ribeiro, afirmou nesta segunda-feira que está à disposição para fazer uma transição tranquila na instituição, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele foi o primeiro presidente de estatal que falou abertamente de ajudar na transição e se posicionou antes do presidente Jair Bolsonaro (PL) comentar sobre a derrota nas urnas no domingo.
"Estamos à disposição para fazer uma transição tranquila. De ontem [ domingo ] para hoje nada mudou no banco. Todos os funcionários são de carreira, então não vejo problema", afirmou.
Fausto assumiu o banco em abril de 2021 e deu início a uma gestão alinhada a Jair Bolsonaro, com foco no agronegócio, um dos setores apoiadores do presidente. Ele afirma que na sua gestão priorizou a função social do banco e em resultado para entregar dividendos aos acionistas.
"Se alguém prometer reduzir resultado, as ações do banco vão cair", disse Fausto.
Caixa
A presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, também tem dito a interlocutores que vai colaborar com a transição de governo para a gestão de Lula. Ela assumiu a Caixa em julho, após a queda de Pedro Guimarães, um dos aliados mais próximos a Bolsonaro, por denúncias de assédio sexual e moral.
No comando do banco, a executiva buscou adotar uma política de valorização das mulheres e ampliou o foco no banco na execução de programas sociais, como o Auxílio Brasil. A oposição a acusa de, no segundo turno, ter priorizado lançamentos de ações e programas com impacto eleitoral, para tentar ajudar Bolsonaro.
Interlocutores do ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliam que a equipe técnica da pasta, principalmente os servidores de carreira serão escalados para abrir os números para a equipe de transição. Isso deve ocorrer com Bolsonaro apoiando ou não, disse um auxiliar do ministro.
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