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Presidente da CNI é preso em operação sobre fraude envolvendo Sistema S

Robson Braga de Andrade é investigado por fraudes envolvendo desvio de recursos do Sistema S em Pernambuco

Robson Andrade: ele está na PF de Brasília prestando depoimento (Geraldo Magela/Agência Senado)

Robson Andrade: ele está na PF de Brasília prestando depoimento (Geraldo Magela/Agência Senado)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 10h15.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2019 às 12h13.

São Paulo — O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, foi preso na manhã desta terça-feira (19), na Operação Fantoche, deflagrada pela Polícia Federal.

A ordem de prisão temporária foi expedida pela Justiça Federal de Pernambuco. A informação da prisão de Andrade foi confirmada pela assessoria de imprensa da CNI.

Ele é investigado por fraudes envolvendo desvio de recursos do Sistema S no estado.

Em nota, a CNI afirmou que ele está na Polícia Federal em Brasília, "prestando esclarecimentos sobre a operação deflagrada na manhã desta terça-feira".

"A CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades", diz o texto.

Operação Fantoche

Além da prisão temporária de Robson Braga de Andrade, ainda estão sendo cumpridos outros nove mandados de prisão temporária.

As investigações apuram supostas irregularidades em contratos que somam 400 milhões de reais firmados entre o Ministério do Turismo e o Sistema S.

De acordo com a PF, um grupo de empresas do mesmo núcleo familiar atuou desde 2002 executando contratos firmados por meio de convênios com a pasta e com o Sistema S.

"A atuação do grupo consistia na utilização de entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S. Tais contratos, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada", disse nota da PF.

"Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de 400 milhões de reais decorrentes desses contratos", acrescentou a PF sobre a operação, realizada em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU).

A corporação disse que 213 agentes foram mobilizados, assim como 8 auditores do TCU, para o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão temporária em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas.

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