Alckmin: "temos uma base ampla que me elegeu governador e o Doria, prefeito. Se pudermos estar juntos de novo, ótimo" (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de fevereiro de 2018 às 14h27.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2018 às 15h36.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira, 6, que sua base partidária em São Paulo pode ter "dois ou três palanques" na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.
Em entrevista coletiva ao lado do prefeito João Doria, na sede da prefeitura da capital, Alckmin disse que tentará reunir a mesma base de apoio que elegeu a ele e também Doria. "Temos uma base ampla que me elegeu governador e o Doria, prefeito. Se pudermos estar juntos de novo, ótimo. O PSDB, como maior partido no Estado, tem aspiração legítima de ter candidato próprio. Se não for possível, teremos dois ou três palanques, não haverá problema", afirmou.
Já o prefeito João Doria fez mais uma vez uma defesa incisiva do lançamento de um candidato tucano ao governo paulista. "O PSDB terá o seu candidato. O que eu tenho dito não é diferente do que tem dito o governador: o PSDB terá candidato ao governo de São Paulo. O governador, aliás, nunca disse o contrário. Ele apenas defende, e corretamente, que quanto maior for o apoio, melhor. Isso é saudável e positivo."
Ao concluir sua fala, o prefeito ressaltou que esta posição "não desmerece" o vice-governador, Márcio França (PSB).
Presidente do PSB paulista, o vice governador Márcio França já articula uma frente partidária para apoiar sua candidatura ao governo paulista.
Ele deve assumir o executivo paulista em abril, quando Alckmin deve deixar o cargo para disputar a presidência da República. Doria é apontado no PSDB como um dos eventuais pré-candidatos tucanos à sucessão de Alckmin.
Os dois falaram após assinatura do convênio para a liberação de R$ 163,4 milhões para 1.248 moradias na cidade. Desse montante, o governo do Estado liberou R$ 25,2 milhões, enquanto a União contribuiu com R$ 119,8 milhões e o município com os terrenos e outros R$ 18,4 milhões.
(*Texto corrigido às 15h35: no terceiro parágrafo, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), se referia ao PSDB na segunda menção ao partido em sua declaração, e não ao PSB, como estava escrito)