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Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 20h13.
Rio de Janeiro - A prefeitura do Rio cancelou a reunião que estava marcada para hoje (23) com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ) para negociar o fim da greve dos professores municipais, retomada na sexta-feira (20). )
Em nota, a prefeitura informa que fez “cerca de dez” reuniões com o sindicato, com a presença do prefeito Eduardo Paes em três delas, e que cumpriu todos os pontos acordados com a categoria, “inclusive o de enviar o Plano de Cargos Carreiras e Remuneração para a Câmara de Vereadores”, entregue no dia 17.
“A prefeitura entende que, a partir de agora, a negociação e o debate devam ocorrer no âmbito do parlamento. Sendo assim, por determinação do prefeito Eduardo Paes, não há nenhuma reunião com o sindicato prevista para esta segunda-feira”, diz a nota.
A prefeitura acusa o Sepe-RJ de manter uma postura “partidarizada, intransigente e fechada ao diálogo” e informa que decidiu não negociar enquanto a categoria permanecer em greve. O governo municipal também pede que os professores retornem ao trabalho, “tendo em vista os ganhos obtidos nas negociações e o prejuízo causado aos alunos da rede municipal por mais dias sem aula”.
A coordenadora-geral do Sepe-RJ, Marta Moraes, lembra que o acordo assinado com o prefeito previa a participação do sindicato na elaboração do plano de cargos, o que não ocorreu. “Ele [o prefeito] rasgou o que ele próprio assinou, ele não aceitou as propostas do Sepe para o plano de cargos, entregou direto para a Câmara de Vereadores e deixou 90% da categoria de fora”, diz.
Quanto à decisão da prefeitura de desmarcar a reunião, Marta diz que o sindicato vai continuar pressionando para que o diálogo seja retomado. Durante a tarde de hoje, diretores do sindicato conversaram com vereadores sobre o plano apresentado pela prefeitura. “Vários vereadores se mostraram abertos às reivindicações da categoria, mas o líder do governo [Luiz Fernando Guaraná] disse que o prefeito não vai retirar o projeto apresentado”. A proposta da prefeitura será votada em regime de urgência.
Os profissionais da educação do município fazem assembleia na sexta-feira para decidir os rumos da greve. “Se a greve continuar, a culpa é do prefeito, que não quer dialogar”, diz Marta.