Brasil

Prefeitura de SP embarga 21 prédios em obras por fraude

O pagamento de outorga onerosa foi forjado por suas construtoras, segundo a Corregedoria-Geral de São Paulo

A estimativa é que a fraude tenha desviado pelo menos R$ 50 milhões dos cofres públicos (Rogério Montenegro)

A estimativa é que a fraude tenha desviado pelo menos R$ 50 milhões dos cofres públicos (Rogério Montenegro)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2011 às 08h41.

São Paulo - A Prefeitura de São Paulo embargou ontem a construção de 21 prédios - com 964 unidades residenciais e total não revelado de comerciais. Segundo a Corregedoria-Geral do Município, eles tiveram pagamento de outorga onerosa - contrapartida dada à prefeitura para construir acima do gabarito - forjados por suas construtoras.

Estima-se que a fraude tenha desviado pelo menos R$ 50 milhões dos cofres públicos e beneficiado dez construtoras. As recordistas em prédios em construção são a Porte Construtora (oito), Onoda Construtora e Incorporadora (sete) e Zabo Engenharia (quatro) - que responde por obras das construtoras Dafi Zabo, Ayline Zabo e pelo consórcio Mesarthin, com a Odebrecht Realizações. Marcanni Construtora e Incorporadora, Vidagiro Administração e Participações e Vasconcellos Engenharia têm um empreendimento cada.

Além das obras de ontem, outro prédio havia tido a construção parada em 10 de agosto - o residencial Portosanto, condomínio de alto padrão da Marcanni no Tatuapé, zona leste.

Segundo o corregedor-geral, Edilson Mougenot Bonfim, donos de construtoras confirmaram à prefeitura terem pago valor abaixo do devido. Oficialmente, porém, as empresas se dizem vítimas. "Em nenhuma hipótese, nossos clientes sofrerão prejuízos", disse a Porte, em nota. "Nossas obras são regulares e com todos os alvarás obtidos de forma licita", afirmou a Zabo.

A Mesarthin esclarece que entrou com medida judicial para evitar a paralisação das obras e "assumiu voluntariamente o compromisso de efetuar novo pagamento no valor total da outorga onerosa do empreendimento - R$ 14.257.320,00". A Marcanni também diz ter pagado novo valor de outorga sob juízo (R$ 486 mil) para poder retomar sua obra. A Onoda não se manifestou e representantes da Vidagiro e da Vasconcellos não foram localizados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasConstrução civilIndústriaIndústrias em geralMetrópoles globaisPrefeiturassao-paulo

Mais de Brasil

Quem são as vítimas da queda de avião em Gramado?

“Estado tem o sentimento de uma dor que se prolonga”, diz governador do RS após queda de avião

Gramado suspende desfile de "Natal Luz" após acidente aéreo

Lula se solidariza com familiares de vítimas de acidente aéreo em Gramado