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Por 2018, Alckmin entra em campo para dominar o PSDB

Alckmin entrou pessoalmente em campo para garantir a vitória de seu aliado, o empresário João Doria, na eleição partidária deste ano

Alckmin:o governador entrou pessoalmente em campo para garantir a vitória de seu aliado, o empresário João Doria, na eleição partidária deste ano (Wilson Dias/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2016 às 11h23.

São Paulo - Depois de manter uma distância regulamentar das prévias do PSDB na capital paulista em 2012, quando seu adversário interno, José Serra, foi o candidato à Prefeitura, o governador Geraldo Alckmin deixou de lado seu estilo discreto e entrou pessoalmente em campo para garantir a vitória de seu aliado, o empresário João Doria, na eleição partidária deste ano.

A disposição do governador foi revelada aos aliados, assessores e correligionários que o acompanharam na van que fez o trajeto entre o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e o posto de votação no Morumbi, onde ele votou no 1.º turno das prévias, no dia 28, ao lado de Doria.

Foi naquele local que ele fez a primeira declaração pública contundente de apoio ao seu escolhido, o que enfureceu o grupo dos "tucanos históricos" que apoia a pré-candidatura do vereador Andrea Matarazzo.

Fazem parte desse time, além de Serra, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Aloysio Nunes e o ex-governador Alberto Goldman.

Articulação

No dia seguinte ao pleito, que foi marcado por brigas de rua, denúncias de compra de voto e um pedido de impugnação de Doria, o governador classificou publicamente como "ridículas" as denúncias contra seu aliado. E foi além.

Já na segunda-feira convidou para uma conversa no Palácio o deputado Bruno Covas, que é visto como o fiel da balança no 2.º turno das prévias. Aliado de Ricardo Tripoli no 1.º turno, o neto de Mário Covas passou mais de duas horas com o governador.

Ele ainda não se manifestou, mas deve "liberar" seu grupo. Na prática isso significa abrir a porta a Doria. O lance seguinte foi chamar para outra conversa os dois dirigentes do partido: Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista, e Mário Covas Neto, do paulistano.

Ele então traçou uma estratégia de implosão da proposta de impugnação de Doria, que será submetida ao voto dos 71 membros do diretório.

No dia seguinte, enquanto caciques tucanos se revezavam na imprensa com acusações de que o governador teria usado a máquina para ajudar seu pupilo, Alckmin posou para fotos com Doria ao lado de dois militantes do Tatuapé que participaram de uma briga no último domingo.

Um deles, Albino Seriqueira, o Bininho, ganhou fama ao ser fotografado caído na rua de cueca. Em depoimento à polícia, ele reconheceu que transportou eleitores para votar em Doria.

Um integrante do primeiro escalão do governo conta, em caráter reservado, que Doria tem tanta desenvoltura no Palácio dos Bandeirantes que liga para secretários diretamente chamando para reuniões.

A avaliação entre aliados e adversários do governador é a mesma. Ele estaria agindo nas prévias para consolidar seu controle sobre o partido no Estado, o que significa a antecipação de uma luta interna fratricida que, inevitavelmente, aconteceria em 2018.

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A disposição do governador foi revelada aos aliados, assessores e correligionários que o acompanharam na van que fez o trajeto entre o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e o posto de votação no Morumbi, onde ele votou no 1.º turno das prévias, no dia 28, ao lado de Doria.

Foi naquele local que ele fez a primeira declaração pública contundente de apoio ao seu escolhido, o que enfureceu o grupo dos "tucanos históricos" que apoia a pré-candidatura do vereador Andrea Matarazzo.

Fazem parte desse time, além de Serra, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Aloysio Nunes e o ex-governador Alberto Goldman.

Articulação

No dia seguinte ao pleito, que foi marcado por brigas de rua, denúncias de compra de voto e um pedido de impugnação de Doria, o governador classificou publicamente como "ridículas" as denúncias contra seu aliado. E foi além.

Já na segunda-feira convidou para uma conversa no Palácio o deputado Bruno Covas, que é visto como o fiel da balança no 2.º turno das prévias. Aliado de Ricardo Tripoli no 1.º turno, o neto de Mário Covas passou mais de duas horas com o governador.

Ele ainda não se manifestou, mas deve "liberar" seu grupo. Na prática isso significa abrir a porta a Doria. O lance seguinte foi chamar para outra conversa os dois dirigentes do partido: Pedro Tobias, presidente do PSDB paulista, e Mário Covas Neto, do paulistano.

Ele então traçou uma estratégia de implosão da proposta de impugnação de Doria, que será submetida ao voto dos 71 membros do diretório.

No dia seguinte, enquanto caciques tucanos se revezavam na imprensa com acusações de que o governador teria usado a máquina para ajudar seu pupilo, Alckmin posou para fotos com Doria ao lado de dois militantes do Tatuapé que participaram de uma briga no último domingo.

Um deles, Albino Seriqueira, o Bininho, ganhou fama ao ser fotografado caído na rua de cueca. Em depoimento à polícia, ele reconheceu que transportou eleitores para votar em Doria.

Um integrante do primeiro escalão do governo conta, em caráter reservado, que Doria tem tanta desenvoltura no Palácio dos Bandeirantes que liga para secretários diretamente chamando para reuniões.

A avaliação entre aliados e adversários do governador é a mesma. Ele estaria agindo nas prévias para consolidar seu controle sobre o partido no Estado, o que significa a antecipação de uma luta interna fratricida que, inevitavelmente, aconteceria em 2018.

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