Por 2014, Alckmin tenta reconquistar o vice Afif e o PSD
Temendo o isolamento da candidatura de Alckmin em 2014 e uma possível adesão do PSD a uma chapa do PT no Estado, os tucanos cogitam devolver à sigla do vice um espaço no secretariado paulista
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2012 às 10h17.
São Paulo - Em tom de brincadeira, funcionários do governo paulista comentam que Geraldo Alckmin (PSDB) deveria evitar viagens ao exterior para impedir que o vice Guilherme Afif (PSD) assumisse o cargo. Eleita na mesma chapa em 2010, a dupla alimentou uma relação de desconfiança e rivalidade nos últimos dois anos. Agora, aliados de Alckmin tentam reverter esse afastamento para amarrar o partido de Afif ao projeto de reeleição do governador.
Temendo o isolamento da candidatura de Alckmin em 2014 e uma possível adesão do PSD a uma chapa do PT no Estado de São Paulo , os tucanos cogitam devolver à sigla do vice um espaço no secretariado paulista. O governador escalou articuladores políticos para iniciar um diálogo cuidadoso com o partido de Afif, mas ainda não decidiu a pasta que estaria disposto a oferecer.
A crise vivida pela dupla teve seu estopim em abril de 2011, quando Alckmin demitiu Afif da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para retaliá-lo por sua participação na fundação do novo partido. Para os tucanos, o PSD, presidido por Gilberto Kassab, representava um adversário eleitoral do PSDB em São Paulo.
Acusado de traição pelo grupo de Alckmin por ter embarcado na empreitada de Kassab e abandonado os aliados do DEM, o vice-governador guarda ressentimentos do episódio até hoje. "Eu fui demitido pelo governador. Virei um proscrito no Palácio dos Bandeirantes", repete Afif a políticos próximos, desde então.
O governador e o vice chegaram a firmar uma trégua durante a disputa eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, este ano, quando o PSD apoiou a campanha de José Serra (PSDB). A aliança, no entanto, se baseava apenas na proximidade entre Serra e Kassab, e desmoronou minutos depois de o candidato tucano ter sido derrotado no 2.º turno.
Ao deixar o comitê de campanha após o discurso em que Serra reconheceu a vitória de Fernando Haddad (PT), Afif confidenciou a um interlocutor que PSD e PSDB seguiriam caminhos diferentes em São Paulo a partir de então. "Não estamos mais acoplados", desabafou.
Ao longo de 2012, Alckmin observou de longe a aproximação cada vez maior entre Kassab e o governo federal petista. A presidente Dilma Rousseff deve dar um ministério ao PSD no ano que vem, e pode indicar o próprio Afif para comandar uma pasta.
Caso prosperem as negociações entre PSD e PT, os aliados de Alckmin acreditam que o partido de Kassab e Afif tende a lançar uma candidatura própria ou formar uma dobradinha com os petistas em São Paulo, formando-se uma chapa forte contra a reeleição do governador.
A relação fria entre o PSD e o governo tucano é alimentada por uma rivalidade entre Kassab e Alckmin. O prefeito é considerado o pivô da crise pela qual passou o PSDB em 2008, quando alguns tucanos apoiaram a reeleição de Kassab contra a candidatura de Alckmin.
Já o prefeito se irritou com integrantes do PSDB que criticaram abertamente sua gestão. Em conversas com aliados, Kassab responsabilizou o governador pelos ataques que sofreu do secretário de Energia, José Aníbal. O prefeito diz que Aníbal é funcionário do governo e que, portanto, Alckmin seria conivente com as críticas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Em tom de brincadeira, funcionários do governo paulista comentam que Geraldo Alckmin (PSDB) deveria evitar viagens ao exterior para impedir que o vice Guilherme Afif (PSD) assumisse o cargo. Eleita na mesma chapa em 2010, a dupla alimentou uma relação de desconfiança e rivalidade nos últimos dois anos. Agora, aliados de Alckmin tentam reverter esse afastamento para amarrar o partido de Afif ao projeto de reeleição do governador.
Temendo o isolamento da candidatura de Alckmin em 2014 e uma possível adesão do PSD a uma chapa do PT no Estado de São Paulo , os tucanos cogitam devolver à sigla do vice um espaço no secretariado paulista. O governador escalou articuladores políticos para iniciar um diálogo cuidadoso com o partido de Afif, mas ainda não decidiu a pasta que estaria disposto a oferecer.
A crise vivida pela dupla teve seu estopim em abril de 2011, quando Alckmin demitiu Afif da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para retaliá-lo por sua participação na fundação do novo partido. Para os tucanos, o PSD, presidido por Gilberto Kassab, representava um adversário eleitoral do PSDB em São Paulo.
Acusado de traição pelo grupo de Alckmin por ter embarcado na empreitada de Kassab e abandonado os aliados do DEM, o vice-governador guarda ressentimentos do episódio até hoje. "Eu fui demitido pelo governador. Virei um proscrito no Palácio dos Bandeirantes", repete Afif a políticos próximos, desde então.
O governador e o vice chegaram a firmar uma trégua durante a disputa eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, este ano, quando o PSD apoiou a campanha de José Serra (PSDB). A aliança, no entanto, se baseava apenas na proximidade entre Serra e Kassab, e desmoronou minutos depois de o candidato tucano ter sido derrotado no 2.º turno.
Ao deixar o comitê de campanha após o discurso em que Serra reconheceu a vitória de Fernando Haddad (PT), Afif confidenciou a um interlocutor que PSD e PSDB seguiriam caminhos diferentes em São Paulo a partir de então. "Não estamos mais acoplados", desabafou.
Ao longo de 2012, Alckmin observou de longe a aproximação cada vez maior entre Kassab e o governo federal petista. A presidente Dilma Rousseff deve dar um ministério ao PSD no ano que vem, e pode indicar o próprio Afif para comandar uma pasta.
Caso prosperem as negociações entre PSD e PT, os aliados de Alckmin acreditam que o partido de Kassab e Afif tende a lançar uma candidatura própria ou formar uma dobradinha com os petistas em São Paulo, formando-se uma chapa forte contra a reeleição do governador.
A relação fria entre o PSD e o governo tucano é alimentada por uma rivalidade entre Kassab e Alckmin. O prefeito é considerado o pivô da crise pela qual passou o PSDB em 2008, quando alguns tucanos apoiaram a reeleição de Kassab contra a candidatura de Alckmin.
Já o prefeito se irritou com integrantes do PSDB que criticaram abertamente sua gestão. Em conversas com aliados, Kassab responsabilizou o governador pelos ataques que sofreu do secretário de Energia, José Aníbal. O prefeito diz que Aníbal é funcionário do governo e que, portanto, Alckmin seria conivente com as críticas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.