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Polícia queima balsas de garimpo ilegal na Amazônia

Mais de 60 barcos de garimpeiros ilegais foram incendiados no sábado no rio Madeira, na Amazônia brasileira, durante uma operação conjunta da polícia e outras forças oficiais

Jangadas e casas de mineração montadas no rio Madeira, próximo a Rosarinho, em Autazes, no Amazonas (AFP/AFP)

Jangadas e casas de mineração montadas no rio Madeira, próximo a Rosarinho, em Autazes, no Amazonas (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 28 de novembro de 2021 às 19h29.

Última atualização em 29 de novembro de 2021 às 15h19.

Mais de 60 barcos de garimpeiros ilegais foram incendiados no sábado no rio Madeira, na Amazônia brasileira, durante uma operação conjunta da polícia e outras forças oficiais, informaram o governo e o Greenpeace neste domingo (28).

"Parabéns pela ação", respondeu o presidente Jair Bolsonaro no Twitter.

Pelo menos 300 balsas de dragagem foram instaladas em fileiras ao longo do leito do rio Madeira - um afluente do Amazonas - na semana passada, após rumores de uma recente descoberta de ouro.

Após a repercussão das imagens, as autoridades anunciaram uma operação para coibir a atividade ilegal que, embora seja de conhecimento público, se intensificou nas últimas semanas.

No sábado, muitos dos garimpeiros haviam se dispersado para cidades vizinhas, segundo a ONG ambientalista Greenpeace Brasil, que também postou fotos de barcos pegando fogo em suas redes sociais.

“Boa parte das dragas destruídas já havia saído da cidade de Autazes, onde haviam sido originalmente flagradas, e se encontravam em cidades vizinhas como Nova Olinda do Norte. Dez garimpeiros foram presos e vários outros fugiram, e não há relatos de feridos”, informou a ONG pelo Twitter.

A Polícia Federal, o Ibama e o Ministério da Justiça não responderam às perguntas da AFP sobre o balanço oficial da operação, da qual também participou a Marinha.

“Esta ação prova que o Brasil tem capacidade para enfrentar a ilegalidade e garantir a proteção dos nossos rios, florestas e comunidades tradicionais. Basta vontade política!”, destacou o Greenpeace.

Um relatório da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em conjunto com o Ministério Público Federal revelou em julho que apenas 34% das 174 toneladas de ouro exploradas entre 2019 e 2020 no Brasil têm origem comprovada, ou seja, realizam a extração legal.

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