Material apreendido com acusados de integrar a quadrilha que vendia ingressos da Copa do Mundo (Polícia Civil do Rio de Janeiro)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2014 às 21h28.
Rio - Um novo investigado na Operação Jules Rimet prestou depoimento na tarde desta sexta-feira na 18ª DP, que desarticulou o esquema milionário de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro.
O empresário de jogadores de futebol Maurício Francisco dos Santos, de 55 anos, foi flagrado em ligações telefônicas interceptadas pela polícia conversando com o franco-argelino Lamine Fofana, apontado pelas investigações como o líder da quadrilha.
Após mais de três horas de depoimento, Santos deixou a delegacia sem falar com a imprensa. Disse apenas ser uma "vítima".
De acordo com seu advogado, Heraldo Iunes, Maurício teria somente comprado ingressos de Fofana, e não revendido.
"Ele comprou quatro ingressos para a final da Copa do Mundo em dezembro de 2013. Pagou US$ 4,5 mil nos bilhetes, mas não os recebeu. Nas ligações interceptadas pela polícia, ele está cobrando de Fofana seus ingressos", disse o defensor.
Para a polícia, mesmo após o depoimento, Santos consta ainda como suspeito. Há ligações também entre ele e o também empresário de jogadores Luiz Antonio Vianna de Souza, de 48 anos, que quarta-feira foi ouvido na 18ª DP.
Ambos integram a lista dos nove investigados na segunda fase da Operação Jules Rimet, que em sua primeira parte acusou 12 pessoas - das quais 11 estão presas -, entre elas o CEO da Match, Raymond Whelan, acusado de ser o principal fornecedor do grupo.