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Polícia não está preparada para conter protesto, diz Anistia

Neder manifestou certa preocupação pelo aumento da violência nos protestos por todo o Brasil, "especialmente por parte da polícia" no controle das manifestações

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2013 às 18h13.

Rio de Janeiro - A assessora de Direitos Humanos da organização Anistia Internacional no Brasil, Renata Neder, disse nesta sexta-feira que a polícia brasileira "não está preparada" para enfrentar a onda de protestos no país desde a semana passada e que é necessário trabalhar para as capacitar.

Em entrevista à Agência Efe, Neder manifestou "uma certa preocupação" pelo aumento da violência nos protestos que estão ocorrendo por todo o Brasil, "especialmente por parte da polícia" no controle das manifestações.

"É claramente uma falta de preparação, de saber qual seria o papel que a polícia deveria adotar" na hora de trabalhar em manifestações pacíficas, disse a assessora, que lembrou que este tipo de protesto não era visto no Brasil desde quando multidões saíram às ruas para pedir a renúncia do então presidente Fernando Collor de Mello.

"O papel da polícia não é reprimir, mas facilitar as manifestações pacíficas e não tentar dispersá-las", disse Neder, que também considera que "as autoridades têm um papel importante para treinar e formar".

A assessora também denunciou o possível uso de armas de fogo por parte dos policiais nos protestos. Neder lembrou que a Anistia Internacional traduziu nesta semana para o português um "guia de boas práticas" para a vigilância policial em manifestações, que a organização tinha publicado em 2012 por causa dos protestos pela crise econômica na Europa.

Entre as recomendações, destacam-se as de reduzir a violência e também o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

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Em entrevista à Agência Efe, Neder manifestou "uma certa preocupação" pelo aumento da violência nos protestos que estão ocorrendo por todo o Brasil, "especialmente por parte da polícia" no controle das manifestações.

"É claramente uma falta de preparação, de saber qual seria o papel que a polícia deveria adotar" na hora de trabalhar em manifestações pacíficas, disse a assessora, que lembrou que este tipo de protesto não era visto no Brasil desde quando multidões saíram às ruas para pedir a renúncia do então presidente Fernando Collor de Mello.

"O papel da polícia não é reprimir, mas facilitar as manifestações pacíficas e não tentar dispersá-las", disse Neder, que também considera que "as autoridades têm um papel importante para treinar e formar".

A assessora também denunciou o possível uso de armas de fogo por parte dos policiais nos protestos. Neder lembrou que a Anistia Internacional traduziu nesta semana para o português um "guia de boas práticas" para a vigilância policial em manifestações, que a organização tinha publicado em 2012 por causa dos protestos pela crise econômica na Europa.

Entre as recomendações, destacam-se as de reduzir a violência e também o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

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