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Polícia Civil faz paralisação de 24 horas no Rio

Os servidores estão sem receber o décimo terceiro e o salário referente ao mês de fevereiro

Polícia Civil: também ficou decidido que a escala compulsória do Carnaval não será cumprida (Wikimedia Commons)

Polícia Civil: também ficou decidido que a escala compulsória do Carnaval não será cumprida (Wikimedia Commons)

AB

Agência Brasil

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 12h01.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2017 às 12h04.

Servidores da Polícia Civil do Rio de Janeiro paralisaram os serviços por 24 horas, a partir das 8h de hoje (23). A decisão foi tomada na última segunda-feira (20), em assembleia na qual os policiais civis decidiram intensificar as ações da greve iniciada no dia 17 de janeiro.

Todas as entidades de classe decidiram paralisação total no atendimento às ocorrências e serviços prestados, exceto quanto à expedição de guias de remoção de cadáver, ocorrências em flagrante ou em cumprimento de mandado de prisão.

Os servidores estão sem receber o décimo terceiro e o salário referente ao mês de fevereiro.

Segundo nota do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro, também ficou decidido que a escala compulsória do Carnaval não será cumprida, tendo em vista o não recebimento do Adicional de Serviço (RAS) desde junho de 2016.

O presidente do sindicato, Fernando Bandeira, disse que a segurança não será afetada para quem vai curtir os blocos e desfiles do Carnaval no Rio.

"Isso não afetará a segurança porque o policiamento nas ruas é por parte da polícia militar e eles estarão presentes de forma ostensiva. Teremos as delegacias civis abertas, mas fazendo apenas o básico para as investigações, como tem sido nestes dias de greve. Estas 24 horas são apenas para chamar a atenção do governo e forçar o diálogo conosco, já que estamos sem receber o décimo terceiro e o salário de fevereiro. São famílias que estão sendo prejudicadas. Espero que haja esta sensibilidade da parte dos governantes," disse Fernando Bandeira.

A Secretária de Estado de Fazenda, informou que não há previsão para colocar em dia os pagamentos reivindicados pelos servidores da polícia civil.

"Isto demonstra que a greve terá que continuar. Nós reuniremos na parte da tarde para discutir o futuro. É preciso uma definição, já que a situação é triste. As delegacias estão sujas, sem materiais para trabalho, entre muitos outros problemas. Não temos condição financeira e nem estrutural de trabalhar atualmente", comentou Bandeira. De acordo com ele, durante a manhã de hoje, a maioria das delegacias tinha aderido à paralisação.

A Polícia Civil decidiu não comentar sobre os motivos da paralisação e preferiu apenas reiterar o que funciona e não funciona. Segundo o órgão, as unidades estão atendendo às emergências e casos complexos normalmente.

Em relação às demais ocorrências cada unidade, conforme sua adesão integral ou não à paralisação, está operando normalmente, com restrição de serviços.

Os registros de ocorrência alcançados pela paralisação podem ser feitos normalmente pela população por meio da Delegacia online, que segue em pleno funcionamento.

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