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Polarização já cansou o Brasil, diz Campos

Pré-candidato do PSB disse não ter dúvidas de que a polarização entre PT e PSDB na política nacional será rompida


	O pré-candidato à Presidência em 2014, Eduardo Campos (PSB)
 (REUTERS/Nacho Doce)

O pré-candidato à Presidência em 2014, Eduardo Campos (PSB) (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 20h02.

Porto Alegre - O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou na tarde desta quarta-feira na capital gaúcha não ter dúvidas de que a polarização entre PT e PSDB na política nacional será rompida.

"A polarização já cansou o Brasil, estamos vendo isso em vários lugares", disse em entrevista coletiva.

Ele revelou que a população sabe que, dividido, o País não dará conta da agenda que há pela frente, que, segundo ele, envolve mais investimento em áreas como educação e saúde.

"Temos que superar a polarização de duas forças que já tiveram chance de governar, fizeram algumas coisas e deixaram de fazer muitas outras coisas", afirmou. "O que eles (PT e PSDB) têm que deixar agora é que o Brasil seja devolvido para os brasileiros."

De acordo com Campos, esta "nova política" passa pelo debate programático em torno de temas importantes para a sociedade, além de mudanças no sistema de alianças e na forma de governar.

"É dizer que não vamos governar com o (José) Sarney nem com o (Fernando) Collor", explicou. "Vamos buscar que a sociedade faça uma parte das mudanças (nas urnas), e nós faremos a outra."

Barbosa

Campos disse também que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, marcou a vida do judiciário brasileiro pela sua postura à frente do STF.

Campos também afirmou que, ao anunciar a sua aposentadoria após o dia 5 de abril - considerado o prazo-limite para que juízes e ministros de cortes superiores se desincompatibilizassem de seus cargos para disputar cargos eletivos em outubro -, Barbosa "deu um recado a todo bom entendedor".

"Ele disse 'vou sair (do STF), mas vou ser inelegível', fez desta forma", explicou.

Segundo Campos, o ministro quis se distanciar do processo eleitoral imediato e evitar especulações em torno de uma possível candidatura. "Ele estabeleceu uma espécie de quarentena", afirmou.

Petrobras

Perguntado sobre a CPI da Petrobras, o pré-candidato disse que é preciso "esperar para ver o resultado". Campos também lembrou que outras esferas estão investigando a empresa, como o judiciário, a Polícia Federal e o Ministério Público.

"Então aqueles que estão no Parlamento e acham que vão interromper ou desviar o assunto precisam ter cuidado, porque a verdade virá à tona", comentou.

Segundo Campos, o valor de mercado da Petrobras caiu pela metade desde o início do governo de Dilma Rousseff. "Você imaginar quer tudo isso acontece e que a sociedade brasileira não vai ter o direito de saber? É óbvio que vai ter."

No Rio Grande do Sul, o PSB está na coligação com o PMDB, aliado de Dilma Rousseff no plano nacional.

Campos foi a Porto Alegre para participar de compromissos político-partidários ao longo do dia e, na parte da noite, deve estar em ato político ao lado do pré-candidato do PMDB ao governo do Estado, José Ivo Sartori, e do deputado Beto Albuquerque, do PSB, que ficará com a vaga ao Senado na chapa.

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