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PMDB não vai fechar questão sobre denúncia contra Temer, diz Jucá

Segundo o líder do governo no Senado, por não ser uma questão partidária, não há razão para obrigar os deputados a seguirem uma orientação

Jucá: nenhuma bancada entre os dez principais partidos da base aliada do governo fechou apoio a Temer (Adriano Machado/Reuters)

Jucá: nenhuma bancada entre os dez principais partidos da base aliada do governo fechou apoio a Temer (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de julho de 2017 às 18h28.

Brasília - O presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta segunda-feira, 3, que o partido não vai fechar questão sobre a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara.

Segundo ele, por não ser uma questão partidária, não há razão para obrigar os deputados a seguirem uma orientação.

"Não precisa fechar questão, pois isso não é questão partidária, é questão de foro íntimo, de julgamento", afirmou Jucá. Ele, no entanto, não descarta que a bancada do partido tome a iniciativa.

"A bancada do partido, se quiser, vai pedir no âmbito Câmara. A posição do presidente do partido é analisar qualquer pedido e agir como juiz."

Quando o partido fecha questão sobre um tema significa que o deputado tem de seguir a posição definida pela sigla para não sofrer uma sanção. Partido de Temer, o PMDB tem 63 deputados federais. A Câmara é composta por 513 parlamentares.

"Nós não fechamos questão no caso do impeachment da Dilma, porque era uma questão processual que estava lá. Você não vai chegar num julgamento e ir no jurado para fechar questão. Respeitamos a posição dos nossos deputados", disse Jucá.

Nenhuma bancada entre os dez principais partidos da base aliada do governo fechou apoio a Temer contra a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Líderes marcaram reuniões nesta semana para tentar definir o posicionamento que devem adotar em relação ao caso na Câmara. Apesar de afirmarem que há maioria na Casa para derrubar o processo, o clima é de incerteza.

A defesa de Temer terá dez sessões para entregar os argumentos contra a denúncia por corrupção passiva protocolada pelo procurador-geral Rodrigo Janot.

O presidente é acusado com base na delação de executivos do Grupo J&F - controlador da JSB -, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Os advogados dizem que até o fim desta semana devem apresentar a defesa. O Congresso está às vésperas do recesso parlamentar.

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