PMDB fecha apoio à reforma trabalhista no Senado
O debate ocorreu na reunião da bancada que poderia resultar na troca da liderança da legenda, já que Renan Calheiros se colocou contrário à proposta
Agência Brasil
Publicado em 30 de maio de 2017 às 22h27.
Dezessete dos 22 senadores do PMDB manifestaram hoje (30) posicionamento favorável à reforma trabalhista , em tramitação na Casa.
O debate ocorreu na reunião da bancada que poderia resultar na troca da liderança da legenda, já que o atual líder, Renan Calheiros (AL), se colocou contrário à proposta.
Em uma saída política para a crise, a maior bancada do Senado decidiu que fará consultas internas antes de fechar posição nos assuntos considerados polêmicos e manteve Renan no cargo.
"Pequenas divergências há até nas melhores famílias, quanto mais em partido político grande como é o PMDB", disse o senador Romero Jucá (RR), líder do governo no Senado e presidente nacional do partido. "Discutimos a relação porque havia divergência dentro da bancada", acrescentou.
Segundo Jucá, a bancada também aprovou uma moção de apoio ao presidente Michel Temer. Mas, ao sair da reunião, Renan negou essa informação.
"Não discutimos a questão da liderança e não discutimos também essa perspectiva de se fazer um apoio incondicional ao presidente. O que tratamos foi a necessidade de encaminhar uma decisão da bancada em cada assunto que tivesse conflito de encaminhamento e também de que, na reforma trabalhista, há evidente maioria a favor da reforma, o que não significa que haja unanimidade", disse o senador alagoano.
Para evitar constrangimentos, tanto à bancada quanto ao governo, os peemedebistas acordaram que, em caso de divergências internas, será escolhido um represente para falar em nome da legenda, caso o líder tenha posição contrária.
"O PMDB é um partido plural, grande, tem diferença sobre vários temas", pontuou Renan.
Ao final da reunião da bancada, o senador Garibaldi Alves Filho (RN) disse confiar que Renan passará agora a representar o sentimento majoritário da bancada.
"Deus queira que ele vá fazer um ato de contrição e venha a contentar aqueles que estão insatisfeitos na bancada. Porque o que interessa é a unidade da bancada. Mas a unidade é onde está o grande dilema. E ela depende do líder e está marchando para isso", afirmou Garibaldi.