Exame Logo

PM do Rio inicia operação em comunidades do Alemão

A operação mobiliza 750 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque

Sensação de insergurança ainda é grande na população brasileira (Marcello Casal Jr./AGÊNCIA BRASIL)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2012 às 19h54.

Rio de Janeiro - A Polícia Militar do Rio de Janeiro iniciou nesta terça-feira uma varredura em duas comunidades do Complexo do Alemão, na zona norte da cidade, como preparação para a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A operação mobiliza 750 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque, que vão permanecer nas favelas Nova Brasília e Fazendinha por dez dias. Nesse intervalo serão instaladas as duas primeiras UPPs no complexo.

O Alemão, que compreende 13 favelas, está ocupado pelo Exército desde novembro de 2010, mas os militares vão deixar a região em junho, conforme acordo entre o Ministério da Defesa e o Estado do Rio. Até lá o complexo deve ganhar duas UPPs por mês, segundo o governo estadual, que planeja uma transição gradual entre as tropas e os policiais militares.

Os PMs não encontraram resistências ao entrar nas favelas. Três homens foram presos, um deles acusado de ser o atual líder do tráfico na região. Foram apreendidas armas e drogas, além de produtos falsificados. Nesta terça-feira a PM também anunciou novo aumento do efetivo responsável pelo policiamento da Rocinha, comunidade de São Conrado, na zona sul da cidade, ocupada pela PM desde novembro passado. Mais 40 policiais foram enviados para a favela, que já havia recebido 130 na última sexta-feira. Agora já são 350 os PMs em ação na Rocinha, que ainda não tem data para receber UPP.

A comunidade foi palco de crimes e confrontos nos últimos dias, quando nove pessoas foram assassinadas, entre elas um líder comunitário acusado de envolvimento com o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem.

O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, defendeu a ocupação. "Não podemos dizer que em quatro meses vamos trazer a paz total para essa comunidade nem para o Rio de Janeiro. Se tiver que colocar mais policiais, nós vamos colocar. A população pode acreditar que nessas comunidades onde já estamos não vai haver nenhum tipo de recuo, porque a ocupação é absolutamente necessária". Segundo Beltrame, os crimes na Rocinha foram praticados por criminosos prejudicados pela ocupação policial.

O governador Sérgio Cabral (PMDB) emitiu nota sobre as ocupações e a onda de violência na Rocinha. Segundo ele, a polícia está enfrentando um "tumor que estava matando o Rio de Janeiro". Cabral afirmou ainda que as comunidades vivem uma fase de transição com a chegada de serviços públicos. "A população estava muito mais assustada quando tinha o poder paralelo".

Veja também

Rio de Janeiro - A Polícia Militar do Rio de Janeiro iniciou nesta terça-feira uma varredura em duas comunidades do Complexo do Alemão, na zona norte da cidade, como preparação para a instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A operação mobiliza 750 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque, que vão permanecer nas favelas Nova Brasília e Fazendinha por dez dias. Nesse intervalo serão instaladas as duas primeiras UPPs no complexo.

O Alemão, que compreende 13 favelas, está ocupado pelo Exército desde novembro de 2010, mas os militares vão deixar a região em junho, conforme acordo entre o Ministério da Defesa e o Estado do Rio. Até lá o complexo deve ganhar duas UPPs por mês, segundo o governo estadual, que planeja uma transição gradual entre as tropas e os policiais militares.

Os PMs não encontraram resistências ao entrar nas favelas. Três homens foram presos, um deles acusado de ser o atual líder do tráfico na região. Foram apreendidas armas e drogas, além de produtos falsificados. Nesta terça-feira a PM também anunciou novo aumento do efetivo responsável pelo policiamento da Rocinha, comunidade de São Conrado, na zona sul da cidade, ocupada pela PM desde novembro passado. Mais 40 policiais foram enviados para a favela, que já havia recebido 130 na última sexta-feira. Agora já são 350 os PMs em ação na Rocinha, que ainda não tem data para receber UPP.

A comunidade foi palco de crimes e confrontos nos últimos dias, quando nove pessoas foram assassinadas, entre elas um líder comunitário acusado de envolvimento com o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem.

O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, defendeu a ocupação. "Não podemos dizer que em quatro meses vamos trazer a paz total para essa comunidade nem para o Rio de Janeiro. Se tiver que colocar mais policiais, nós vamos colocar. A população pode acreditar que nessas comunidades onde já estamos não vai haver nenhum tipo de recuo, porque a ocupação é absolutamente necessária". Segundo Beltrame, os crimes na Rocinha foram praticados por criminosos prejudicados pela ocupação policial.

O governador Sérgio Cabral (PMDB) emitiu nota sobre as ocupações e a onda de violência na Rocinha. Segundo ele, a polícia está enfrentando um "tumor que estava matando o Rio de Janeiro". Cabral afirmou ainda que as comunidades vivem uma fase de transição com a chegada de serviços públicos. "A população estava muito mais assustada quando tinha o poder paralelo".

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaisRio de JaneiroUPPViolência urbana

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame