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Planalto anunciará substituto de Geddel na próxima semana

Nomes como o do líder do governo na Câmara, André Moura, e o do secretario-executivo do Programa de Parcerias de Investimento, Moreira Franco, foram cotados

Geddel Vieira Lima: presidente Temer vai passar o final de semana em conversas com aliados para definir um substituto (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Reuters

Publicado em 25 de novembro de 2016 às 14h06.

Brasília - O Palácio do Planalto quer encontrar um substituto para ocupar o lugar de Geddel Vieira Lima na Secretaria de Governo o mais rápido possível e tentar estancar a crise causada pela saída do ministro, mas o nome só deverá ser anunciado na próxima semana, disseram à Reuters fontes palacianas.

Nomes como o do líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), e o do secretario-executivo do Programa de Parcerias de Investimento, Moreira Franco -outro dos amigos mais próximos do presidente Michel Temer- foram aventados, assim como o do assessor especial da Presidência, Rodrigo Rocha Loures. Mas não há ainda nenhuma decisão.

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"O presidente está conversando com muita gente, mas ainda não tem uma decisão. Não sai hoje", disse uma das fontes. Uma das questões sendo analisadas é o impacto que a mudança de ministro pode ter nas votações no Congresso.

Temer antecipou sua viagem a São Paulo para o início da tarde e vai passar o final de semana em conversas com aliados para tentar definir um nome já para o início da semana, quando há votações importantes no Congresso. Nesta sexta-feira, almoça com a cúpula do PSDB, mas a conversa estaria marcada mesmo antes da saída do agora ex-ministro.

Geddel pediu demissão nesta sexta-feira, depois da revelação de que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero depôs à Polícia Federal confirmando as acusações de que teria sido pressionado para liberar a construção de um prédio em Salvador onde Geddel tem um apartamento. Em seu depoimento, Calero envolveu também o presidente Michel Temer, acusando-o de ter também feito pressão.

Apesar do jeito estourado, e por vezes agressivo, Geddeltinha bom trânsito na Câmara, e era bem quisto pelos deputados. Na última terça-feira, líderes da base governista na Câmara foram ao Palácio do Planalto entregar em mãos ao então ministro uma carta de apoio contra as denúncias de Calero.

O Palácio do Planalto fica sem o ministro responsável pela articulação política, especialmente encarregado de receber parlamentares e resolver os problemas de nomeações e liberações de emendas que muitas vezes emperram as votações. Isso ocorre dias antes de o Congresso analisar matérias importantes para o governo.

Na próxima terça-feira, o Senado vota o primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria o teto de gastos. Nos próximos dias, o Planalto planejava também começar a negociação com os líderes para enviar ao Congresso a reforma da Previdência.

Além disso, o Planalto está em meio a uma disputa na sua base pela presidência da Câmara, com Rodrigo Maia (DEM-RJ) tentando se viabilizar juridicamente para ser reeleito, enquanto o centrão se divide para apresentar candidatos.

Enquanto o presidente mantém uma distância protocolar da disputa, Geddel fazia o papel de mediador, mas atuava em favor de Maia, nome mais interessante para o governo por, até agora, ter ajudado a facilitar projetos importantes para o Planalto.

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