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Pimenta inaugura comitê em BH com dissidências do PSB

Localizado no bairro Funcionários, novo comitê vai concentrar atividades de campanha voltadas aos 34 municípios que integram a região metropolitana da capital

Pimenta da Veiga: lideranças do PSB já haviam dito serem contra candidatura própria em BH (Divulgação/Facebook/Pimenta da Veiga)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 15h32.

Belo Horizonte - O candidato ao governo de Minas Gerais pelo PSDB , Pimenta da Veiga, inaugurou nesta terça-feira, 05, um novo comitê da Coligação Todos por Minas, cercado por dissidentes do PSB , como o presidente do Atlético-MG e candidato a deputado federal, Alexandre Kalil, a ex-deputada federal e estadual e uma das vice-presidentes do partido Maria Elvira, o prefeito de Santa Luzia, Carlos Calixto, e o prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda.

Localizado no bairro Funcionários, zona centro-sul de Belo Horizonte, o novo comitê vai concentrar atividades de campanha voltadas aos 34 municípios que integram a região metropolitana da capital.

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As lideranças do PSB já tinham anunciado sua posição contrária à tese de candidatura própria de seu partido no estado, mas hoje foi a primeira ação deles "na rua" desde o início da campanha eleitoral.

"Eu disse quando tornei público meu apoio, discordando da direção estadual do PSB, que eu faria tudo que a legislação eleitoral permitisse, por isso que estou aqui. A imensa maioria, quase totalidade do PSB, está apoiando a candidatura do Pimenta", disse Lacerda.

Ele acredita que sua presença em atos do PSDB não gera uma indisposição no partido, embora, por conta de sua agenda como prefeito, não deva participar muito dos eventos.

"É normal. O PSB fez acordos com o PSDB em São Paulo, em Mato Grosso do Sul, no Paraná... É normal essa situação", falou, informando que não está nos planos se desfiliar do PSB.

"O PSB espera ter uma votação expressiva para deputados federais para que haja autonomia e eleger um diretório estadual autônomo que não seja nomeado pela direção nacional. Nós esperamos ter pelo menos 5% dos votos para deputado federal nessas eleições. É difícil sem coligação, mas é nossa meta", completou.

Já Kalil disse que não se considera uma dissidência. "Foi o próprio PSB que pediu para eu me candidatar. Eu vejo que foi criado um fantoche no meio de tudo isso. Eu não me considero dissidência. Fizeram uma manobra de últimas 'três ou quatro horas' no PSB que rompeu com tudo o que estava combinado", disse.

Questionados sobre quem apoiariam para presidente, ambos não quiseram responder e afirmaram que ainda vão decidir. "Não tenho compromisso de trabalhar com Aécio nessas eleições", ressaltou Lacerda.

Procurado pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o PSB-MG, por meio da assessoria de imprensa da campanha de Tarcísio Delgado, informou que nem o diretório estadual nem o nacional deverá ter algum tipo de retaliação ou situação para impedir o posicionamento de Lacerda, Kalil ou outra liderança ou candidato que atue de maneira dissidente.

"Tarcísio compreende que existem dissidências em todos os partidos e em todas as campanhas, em todos os níveis. Da mesma forma que tem gente do nosso partido apoiando outros candidatos, tem gente de outros partidos nos apoiando. Inclusive, lideranças expressivas", completou.

O PSB ainda ressaltou que a campanha de Delgado é de "contato direto com o povo, sem intermediários".

"Nessa sua estratégia, quanto menos político convencional em seu palanque, melhor. Tarcísio quer, sim, ter a companhia de lideranças políticas e sociais que representem o pensamento progressista, da social democracia e, principalmente, expoentes e ética. (...). A campanha do Tarcísio está aberta aos que não representam esquemas tradicionais de poder", declarou.

Dissidentes do PT

O evento com dissidentes acontece um dia após o vereador Vitório Júnior (PT), do município de Ribeirão das Neves (MG), declarar apoio à candidatura do tucano.

Hoje, na coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo, havia um cálculo do PSDB-MG de que pelo menos 22 prefeitos do PT iriam apoiar Pimenta nessas eleições. Questionado, o candidato não quis citar números de quantos seriam e se teria uma data para isso ocorrer.

"O que há são muitos prefeitos do PT que nos apoiam. E também de outros partidos do lado de lá, mas não há nenhum anúncio de formalização desses apoios", afirmou.

O presidente do PSDB-MG, deputado federal Marcus Pestana, também não quis comentar o assunto e apenas repetiu que há apoios do partido adversário.

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