PCC: os investigados serão indiciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico, cujas penas variam de cinco a 15 anos e de três a dez anos, além de multa (Scott Olson/Getty Images/Getty Images)
Agência Brasil
Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 15h04.
A Polícia Federal prendeu temporariamente, por 30 dias, prorrogáveis por mais 30, dez pessoas de uma célula ligada à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os presos foram conduzidos na manhã de hoje (21) à superintendência da Polícia Federal, em São Paulo, onde prestam depoimento. Os agentes ainda buscam dois suspeitos.
Segundo as investigações, os dez acusados pertenciam a importante grupo criminoso, que recebia drogas e armas do PCC, na capital paulista, e fazia a distribuição na região de Itaquaquecetuba, no interior. A polícia ainda investiga a hierarquia dos acusados dentro da organização criminosa paulista.
A quadrilha foi descoberta a partir de flagrante ocorrido em abril de 2016, quando duas pessoas que atuavam no repasse de armas e drogas ao grupo foram presas no bairro do Ipiranga, zona sul da capital.
Na época, foram apreendidos mais de 800 quilos de cocaína, 11 fuzis, duas pistolas, munição e três bloqueadores de celular pela Polícia Federal. As armas entraram no país pela fronteira com o Bolívia.
Os dois principais alvos da operação de hoje são irmãos e traficantes. Os oito restantes exerciam diversas atividades para que os valores e a droga fossem distribuídos.
A lavagem de dinheiro era feita por meio de laranjas e empresas de fachada, como revendedora de automóveis, dois açougues e uma igreja, cujo pastor é membro da célula criminosa.
Os investigados serão indiciados por tráfico de drogas e associação para o tráfico, cujas penas variam de cinco a 15 anos e de três a dez anos, além de multa. Alguns responderão por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, com reclusão de três a seis anos e multa.